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A demografia – a baixa taxa de natalidade, o envelhecimento populacional e o aumento da emigração jovem qualificada – é um dos problemas estruturais mais graves de Portugal. Como os Censos 2021 mais uma vez evidenciam, a “depressão demográfica” acentua-se de sobremaneira no Interior.
Para além da emergência de políticas públicas que promovam a taxa de natalidade, o acolhimento de imigrantes é capital.
De facto, nos últimos anos, os residentes estrangeiros têm aumentado significativamente em Portugal, há porém muito mais “espaço” para atrair imigrantes.
Sem imigração seremos menos, mais velhos e mais pobres!
Os imigrantes são igualmente uma força laboral cada vez mais fundamental, dos menos aos mais qualificados.
Na sociedade atual, em mudança exponencial, exigem-se cidades dinâmicas e competitivas, com criação de valor. Precisamente, os fluxos migratórios são uma das principais forças de desenvolvimento cultural, social e económico de uma cidade. Uma cidade inteligente, conectada, aberta, inclusiva e justa, “todos diferentes, todos iguais”, que fomente a interculturalidade, estimule a criatividade e a inovação, com reflexos na arte, na ciência, na tecnologia e no empreendedorismo.
A interculturalidade reforça o humanismo da cidade, promove a solidariedade, a tolerância e o respeito mútuo, quebrando estereótipos e preconceitos.
A cidade de Viseu não corresponde totalmente à descrição. Se é verdade que dispõe de um património histórico-cultural e comunitário humanista, no séc. XX Viseu sofreu da dita “interioridade”, qual cidade relativamente fechada e conservadora. Progressivamente, nas últimas duas décadas, também fruto de um Tempo globalizado e conectado, sente-se a mudança!
Nos Censos 2021, Viseu e Sernancelhe foram os únicos concelhos que aumentaram de população no Interior. Viseu cresceu 277 habitantes, a população estrangeira cresceu 1101 habitantes. Isto é, sem o crescimento dos residentes estrangeiros Viseu cairia no “fado” do declínio populacional do Interior do país.
Ainda assim, a percentagem de população estrageira residente em Viseu é metade da percentagem nacional, sendo inferior à larga maioria das capitais de distrito, sobretudo do Litoral, industrializadas e/ou com turismo relevante. Neste indicador demográfico Viseu é até ultrapassada por diversas cidades do Interior.
O crescimento dos residentes estrangeiros (a maioria brasileiros, seguindo-se ucranianos, angolanos e chineses), já se faz sentir muito no quotidiano da Cidade, seja na abertura de estabelecimentos comerciais, no atendimento ao público, em cargos qualificados de empresas, na construção civil, nos auxiliares de instituições sociais, nos profissionais de saúde, nas escolas ou em atividades artístico-culturais.
O aumento de população estrangeira também se deve ao esforço de internacionalização do Instituto Politécnico de Viseu, incluindo a atração de alunos internacionais, nomeadamente do Brasil, dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e de alunos europeus ao abrigo do programa ERASMUS.
Particularmente após a Pandemia, as pessoas “voltaram à rua”. As áreas verdes devem ser espaços de lazer, bem-estar e coesão social, como, finalmente, já se faz sentir em Viseu. Basta atravessar aos fins de semana o Parque Aquilino Ribeiro ou o Parque Urbano de Santiago para observar os eventos, a atividade física, os parques infantis e as esplanadas cheias ou os passeios de amigos e famílias, onde se incluem várias comunidades estrangeiras, principalmente brasileiros.
Tem sido notável o trabalho das instituições da sociedade civil (com o contributo de voluntários) no apoio próximo aos imigrantes, minorias étnicas, estudantes internacionais e refugiados (veja-se a mobilização para o acolhimento de ucranianos), entre outras, refiram-se a Caritas Diocesana, as Obras Sociais, a Associação Casa do Brasil, a Adamastor, a Olho Vivo, a APPACDM, a Viriatos.14 ou a Associação dos Ucranianos de Viseu.
Apesar de continuar a não resolver o “gueto” Bairro de Paradinha, o Município tem andado bem em diversas situações concretas e, sobretudo, no planeamento, com o lançamento do VISEU INTEGRA – Plano Municipal para a Integração de Migrantes e a inauguração do CLAIM – Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes.
Mas, naturalmente, cabe a todos, também a cada um de nós, o muito que há a fazer para que a interculturalidade seja uma realidade mais plena e sustentável numa “Melhor Cidade para Viver” para todos!
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Carolina Ramalho dos Santos
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques