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A Câmara de Armamar inaugura esta quinta-feira (6 de julho) o Centro Interpretativo da Mulher Duriense, o primeiro museu a existir no concelho, e o Núcleo de Valorização e Promoção de Produtos Locais.
Os novos espaços vão ficar no edifício da antiga Adega Cooperativa, que foi alvo de profundas obras, e mereceram perto de 1 milhão de euros em investimento.
A vereadora da Cultura no município, Cláudia Damião, conta que este era um “desejo antigo” por parte da autarquia e que o objetivo passa por criar em Armamar “um equipamento cultural e de promoção do território que viesse, de algum modo, dar resposta aos nossos anseios”.
O Centro Interpretativo da Mulher Duriense é o primeiro museu a ser criado em Armamar, um projeto que começou em 2017 e que visa evocar a figura da mulher e a importância que teve no desenvolvimento do Douro.
“Em Armamar, não tínhamos nenhum museu nem nenhum centro interpretativo, pelo que este é o nosso primeiro projeto. Queríamos integrar a Rede de Museus do Douro e oferecer à região algo que a pudesse valorizar e dar a conhecer de uma outra maneira. E entendemos que este seria o caminho”, explica a vereadora da Cultura.
Cláudia Damião recorda que o Douro é marcadamente feminino e evoca figuras históricas como a dona Antónia Ferreira, a “Ferreirinha”, que a vereadora a recorda como uma “grande impulsionadora” que ajudou a reerguer o vinho do Douro e a região.
“Como o Douro é feminino, começámos a construir por aqui esta ideia, que acho que foi muito feliz porque, além da promoção do concelho e do que somos e temos, aliamos também a valorização da igualdade e a promoção dos direitos humanos e é importante falar da mulher e de outras secções da população que estão desvalorizadas. Não há nenhum projeto em Portugal com estas caraterísticas e, para nós, começou desde logo a fazer sentido”, explica.
A vereadora da Cultura também destaca a importância do Núcleo de Valorização e Promoção de Produtos Locais, que visa promover a economia local e os seus produtores.
“Somos o maior concelho produtor de maçã, temos uma localização privilegiadíssima no Douro Património da Humanidade e temos uma produção de vinhos excelentes e de muitos outros produtos como mel, enchidos, compotas e sumo de maçã e, para nós, fazia sentido que pudéssemos promover num espaço todos estes produtos na lógica da venda”, frisa.
A antiga Adega Cooperativa de Armamar, que foi cedida à Câmara e alvo de trabalhos de requalificação, vai ser a ‘casa’ dos dois novos espaços. Cláudia Damião assume que o projeto passava inicialmente por construir o equipamento de raiz, mas tal não aconteceu dada a falta de financiamento.
“Não foi possível encontrar nenhum projeto para a construção e edificação de raiz, mas por outro lado surgiam projetos em que a recuperação de edifícios era elegível e, portanto, foi por aí que trilhámos o caminho. Procurámos edifícios disponíveis para acolher este projeto e, de facto, encontrámos a Adega Cooperativa, que estava inativa e já se encontrava em avançado estado de deterioração pois tinha passado por uma fusão juntamente com outras cooperativas”, explica.
A Câmara abordou a proprietária do edifício, as Caves Vale do Rodo, “no sentido de alugar o espaço”. “Acolheram muito bem a ideia pois estamos a falar de um edifício muito grande e não tinham capacidade financeira para o recuperar e, portanto, acabámos por assumir e acho que fizemos em boa hora”, acrescenta Cláudia Damião, que recorda a antiguidade da Adega de Armamar, que “está na memória coletiva dos armamarenses”.
“Mesmo antes da produção de maçã, que é mais recente na história do concelho e tem cerca de 70 anos, a produção de vinho é muito mais significativa e a Adega representava o concelho a nível vinícola e ganha agora uma nova vida”, acrescenta a vereadora, que também deixou o convite para que as pessoas visitem Armamar e conheçam o novo projeto.
O espaço integra também um centro documental e uma sala equipada para exposições, colóquios e eventos culturais.