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O setor social continua a viver um período preocupante, considerando o aumento significativo dos custos de funcionamento de uma Estrutura. As despesas com materiais de prevenção e segurança mantêm-se elevadas, sem qualquer perspetiva de um fim à vista. Os preços com alimentação, higiene e limpeza aumentam exageradamente. O preço dos combustíveis faz disparar todos os custos. As despesas de manutenção dos edifícios são elevadas, sendo extremamente necessárias para assegurar a segurança e o conforto dos clientes e colaboradores. A luz, o gás e a água são bens essenciais com consumos muito elevados. Os equipamentos ou obras de requalificação estão com preços cada vez mais altos.
Para se prestar um bom serviço aos clientes (idosos, crianças ou jovens), são necessários recursos humanos em número muito superior aos chamados rácios “obrigatórios” nas respostas sociais. Quem não o fizer presta garantidamente um serviço muito limitado e aquém do desejado. Em suma, são necessárias equipas multidisciplinares de colaboradores em número suficiente e capaz de assegurar todas as necessidades, fazendo disparar de forma muito significativa os custos com o pessoal.
O exposto anteriormente faz aumentar inevitavelmente o custo médio de um cliente.
Perante este cenário, colocam-se as seguintes questões: as famílias têm rendimentos capazes de acompanhar o aumento de preços das mensalidades? As Instituições Sociais têm outras alternativas, se não aumentar as mensalidades dos clientes?
Que medidas podem ser tomadas para atenuar os prejuízos e manter a qualidade dos serviços aos clientes?
É urgente uma reflexão profunda sobre a gestão das Estruturas Sociais, para evitar danos irreparáveis. Seja no setor privado ou nas IPSS e Misericórdias, é importante que sejam tomadas medidas de apoio e incentivo que acompanhem os sucessivos aumentos.
De onde se tira e não se põe…
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Jorge Marques
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Carolina Ramalho dos Santos
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Amnistia Internacional