Diário

A “democracia tem resposta para tudo”, diz Ruas sobre a solução encontrada para a Assembleia da República

Autarca social-democrata deixa ainda a promessa de que não se vai calar nas reivindicações para a região com o futuro governo

O social-democrata Fernando Ruas disse esta manhã que a solução encontrada para a presidência da Assembleia da República foi um exemplo de que a “democracia tem resposta para tudo”.

“Esta solução encontrada para mim não é nenhuma novidade porque onde até já estive, no Parlamento Europeu, é a solução que já se aplica. Metade da legislatura é por um partido e a outra metade por outro e não se me lembra que tivesse causado algum problema”, comentou o autarca que é já considerado um histórico do PSD e que já foi líder da Associação Nacional dos Municípios Portugueses.
Para o também presidente da Câmara de Viseu, a rotatividade na presidência da Assembleia da República entre Aguiar Branco (PSD) e Francisco Assis (PS) é a demonstração de que “democracia tem recursos para dar resposta a tudo”.

“Neste caso é uma ideia nova, mas as pessoas em democracia têm de lidar com as armas que têm. Toda a gente sabe que em termos teórico para um país a melhor solução é a estabilidade. Agora não podendo ser, tem de haver alternância e soluções estáveis”, frisou, deixando palavras de elogio quer a Aguiar Branco, quer a Francisco Assis com quem se cruzou quando foi deputado europeu.
Fernando Ruas falou numa “situação inédita no país” e deixou um conselho para o futuro. “Há uma coisa que que tem de se fazer. Tem de haver princípios e não ceder a tudo o que é proposto. Não começou bem,mas a democracia tem resposta para isto tudo e isto é que é importante”, reforçou.

Já sobre o próximo governo, que deverá ser conhecido esta quinta-feira ao final do dia, o autarca de Viseu deixou também um aviso: “vai ter de me ouvir e vou reclamar ainda com mais força aquilo que reclamei com um governo de um partido diferente do meu”.
O deputado do PSD José Pedro Aguiar-Branco foi eleito presidente da Assembleia da República com 160 votos a favor, à quarta tentativa. O acordo com o PS, para viabilizar a eleição, ditou que os socialistas assumirão a presidência da Assembleia da República daqui a dois anos.