Diário

Biblioteca móvel de Castro Daire percorre as aldeias há 20 anos

Serviço tem percorrido todo o concelho de Castro Daire, levando o livro às populações mais remotas. Comemorou agora o aniversário com uma série de iniciativas

A Biblioteca Municipal de Castro Daire comemorou recentemente os 20 anos do bibliomóvel local, recebendo o encontro “Tecer redes – 20 anos de itinerância”.

O serviço, ativo desde 2003, tem “percorrido todo o extenso concelho de Castro Daire, levando o livro às populações mais longínquas”, sublinha a Câmara local em comunicado.

O encontro, que decorreu na Biblioteca e no auditório do Centro Municipal de Cultura, juntou representantes das 14 bibliotecas da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões que refletiram sobre as bibliotecas itinerantes.

Depois de oficinas dinamizadas pelas bibliotecas de Vouzela, São Pedro do Sul, Aguiar da Beira, Nelas e Castro Daire, teve lugar um ciclo de conferências com o tema “As Bibliotecas Itinerantes e a Inclusão”, dividido em dois painéis.

Entre os conferencistas estiveram presentes Paulo Leitão, da Fundação Calouste Gulbenkian, que falou sobre o passado, o presente e o futuro das bibliotecas itinerantes, e Filipe Leitão, da delegação Centro da Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas, Profissionais da Informação e Documentação (BAD), entre outros.

Na conferência destaque também para a apresentação do projeto “Memória sobre rodas”, dinamizado pela Câmara de Castro Daire com a associação cultural Binaural Nodar e que usou o bibliomóvel local como estúdio de registo sonoro e audiovisual.

A última intervenção coube a Rui Guedes, Carlos Marta e Bento Ramires, autores de “Homens-Livro”, uma obra que recorda a memória individual e coletiva das bibliotecas itinerantes da Gulbenkian.

O dia culminou com a inauguração da exposição de Ana Seia de Matos “Entretecer” e com o espetáculo “Deixa-me Cantar antes que esqueça”, da companhia Mochos no Telhado e que partiu da recolha de histórias, testemunhos e do cancioneiro de avós, mães e filhas.