Ricardo Ferreira

09 de 07 de 2022, 08:30

Diário

Convite para dar aulas na Universidade Católica traz família brasileira para Viseu

Anna Moura mudou-se para Portugal há cerca de três anos

Anna no mundo

A brasileira Anna Moura está em Viseu há quase três anos. Natural de São Paulo, a professora universitária e médica dentista mudou-se para Portugal com o marido, as três filhas e os pais. Atrás deles vieram a irmã, um cunhados, três sobrinhos e a sogra.

“Eu e meu marido fomos convidados para trabalhar como docentes na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade Católica Portuguesa de Viseu”, começa por contar, salientando que este desafio internacional ia ao encontro do que ela e o marido tinha planeado para as filhas.

“Todo o processo de mudança precisa ter o lado emocional bem preparado. As mudanças não são fáceis. Dá trabalho sair da zona de conforto e no caso da mudança de país é preciso ter o coração aberto para entender a outra cultura, as vantagens e desvantagens”, refere, acrescentando que com a viagem para o nosso país se abriu um novo ciclo na vida sua família.

Anna garante estar integrada e satisfeita com o trabalho. O maior obstáculo que enfrentou, em termos pessoais, em Portugal, foi a morte do marido, que perdeu a batalha contra um cancro.

“Viemos cheios de sonhos, com a nossa família, vieram também nossos irmãos e pais. Mas infelizmente em junho de 2021 ele faleceu. Está a ser difícil, mas acreditamos em Deus e sentimo-nos muito protegidos e acolhidos em Viseu e pelos amigos que fizemos cá. Estou muito grata pois em toda a doença, o Cacio foi muito bem cuidado”, afirma.

A qualidade de vida que Viseu oferece é o que Anna mais destaca pela positiva. Também gosta da “simplicidade das coisas e ao mesmo tempo a dedicação e seriedade”.

“Não gosto, mas isso não é somente em Portugal, de sentir xenofobia, que existe em qualquer sítio. Porém, tento integrar-me em Portugal e não quero impor a cultura que eu tinha. Cada lugar é um e traz-nos ensinamentos”, defende.

É em Portugal que Anna e a sua família querem ficar. O regresso aos Brasil está, por isso, fora de equação.