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O distrito de Viseu teve este ano o número mais baixo de incêndios e área ardida em mais de uma década. A região foi ‘palco’ de 273 fogos entre os meses de janeiro e agosto, revela o último relatório provisório do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
O documento adianta ainda que, de 1 de janeiro a 31 de agosto, arderam na região 263 hectares de área ardida (210 de mato, 46 de povoamento e 7 hectares de terrenos agrícolas). No mesmo período de 2023, haviam sido registados 480 ocorrências e 2121 hectares de área ardida.
Já na sub-região Viseu Dão Lafões, foram contabilizados este ano 156 incêndios que consumiram 97 hectares (82 de mato, 14 de povoamento e 1 hectare de terrenos agrícolas).
No relatório do ICNF, não constam incêndios do distrito entre os 20 maiores do país. Também não há concelhos da região entre os que tiveram o maior número de fogos ou a maior extensão de área ardida.
Em comparação com a última década, o ano com menos incêndios no distrito foi 2020, na altura da pandemia, com 419 ocorrências. Já o ano com menos área ardida tinha sido em 2014, com 433 hectares consumidos.
A nível nacional, o número de incêndios rurais e a área ardida também registaram este ano o valor mais reduzido da última década, estando contabilizados até 31 de agosto 4.457 fogos que consumiram 10.294 hectares.
“Comparando os valores do ano de 2024 com o histórico dos 10 anos anteriores, assinala-se que se registaram menos 53% de incêndios rurais e menos 86% de área ardida relativamente à média anual do período. O ano de 2024 apresenta, até ao dia 31 de agosto, o valor mais reduzido em número de incêndios e o valor mais reduzido de área ardida desde 2014”, indica o ICNF.
Entre 1 de janeiro e 31 de agosto deste ano, houve um total de 4.457 incêndios rurais que resultaram em 10.294 hectares de área ardida, entre povoamentos (3.655 hectares), matos (5.126 hectares) e agricultura (1.513 hectares). No mesmo período de 2023, deflagraram 6.633 fogos que provocaram 32.557 hectares de área ardida.
O maior número de fogos deflagrou este ano nos distritos do Porto (845), Viana do Castelo (464) e Braga (372), mas são maioritariamente de reduzida dimensão.
Por sua vez, os distritos com maior área ardida são Bragança com 2.857 hectares, cerca de 28% da área total, seguido de Viana do Castelo com 1.637 hectares (16% do total) e de Beja com 837 hectares (8% do total).
O ICNF sublinha também que, do total de 4.457 incêndios rurais verificados este ano, foram investigados e concluídos 3.129, tendo a investigação atribuído uma causa a 2.329. Segundo o instituto, quase um terço dos incêndios investigados tiveram origem em fogo posto, designadamente “incendiarismo – imputáveis”, seguido de queimas e queimadas (13%).
O relatório indica ainda que o mês de agosto é aquele que apresenta maior número de incêndios rurais, com um total de 1.757, o que corresponde a 39% do total registado no ano, sendo também este mês que regista a maior área ardida no corrente ano, 5. 843 hectares.