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O INE introduziu em 2017 na publicação “Inquérito ao Emprego” um novo quadro que designou por «SUBUTILIZAÇÃO DO TRABALHO POR COMPONENTE E SEXO».
Este quadro inclui o desemprego oficial (os desempregados que constam das estatísticas de desemprego divulgadas pelo INE).
Mais o “subemprego a tempo parcial” (aqueles que fazem biscates para sobreviver pois não conseguem arranjar trabalho a tempo completo).
Mais os “inativos disponíveis mas que não procuram emprego” (os desempregados que não constam das estatísticas oficiais de desemprego por terem desistido de procurar emprego).
Analisando os dados publicados pelo INE, relativos ao primeiro trimestre de 2021, verificou-se a taxa de desemprego registado no país situou-se nos 7,1%. Mas a taxa de subutilização do trabalho está estimada em 14,1%, ou seja, o dobro.
Qual a situação no distrito de Viseu?
Se recorrermos aos dados publicados pelo IEFP, observa-se que o número de desempregados registados no distrito, no mês de Abril de 2021, é de 14.523. Destes apenas 49 em cada 100 recebiam protecção social de desemprego, com o valor médio de 485,57€.
O IEFP no distrito consegue mais um “milagre”, além daqueles que referimos em anteriores artigos. Se somarmos os 1.486 novos desempregados inscritos no mês de Abril aos 14.448 desempregados registados em Março temos 15.934 desempregados. No entanto, o IEFP assume somente 14.523, sem explicar onde foram colocados os 1.411 desempregados em falta, só no mês de Abril.
Outro dado significativo é o facto que dos 6.004 desempregados inscritos de Janeiro a Abril de 2021, 2.234 (37,21%) sejam precários a quem não foi renovado o contrato de trabalho. Estes dados confirmam que a precariedade se mantém como antecâmara para o desemprego.
Novo “milagre”. Somando os 6.004 novos desempregados inscritos de Janeiro a Abril aos 14.474 desempregados registados em Dezembro de 2020 temos 20.478 desempregados. No entanto, como vimos, o IEFP assume apenas 14.523. A diferença é de 5.955 desempregados (quase tantos como os desempregados inscritos e assumidos pelo IEFP) em quatro meses apenas. É obra!
Todos estes “milagres” dão-se numa realidade em que, no distrito, nos primeiros quatro meses de 2021 se verificaram 23 novos casos de insolvência e o encerramento de 315 empresas.
É neste enquadramento que a União dos Sindicatos de Viseu calcula que o desemprego estatístico no distrito de Viseu esteja próximo dos 23.000 trabalhadores desempregados. Viseu continua a ser o sétimo distrito com mais desemprego registado.
O desemprego é a principal causa da pobreza em Portugal. Como disse Jerónimo de Sousa nas Jornadas Parlamentares do PCP «Este é um tempo que nos exige não abdicarmos de continuar o combate necessário de valorização do trabalho e dos trabalhadores, mas que apela também ao contributo da sua luta! Essa luta continua a ser necessária e indispensável para defender direitos e alcançar uma política alternativa em ruptura com a política de direita.»
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