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O ano que ficou marcado pelo desaparecimento do presidente da Câmara de Viseu

 O ano que ficou marcado pelo desaparecimento do presidente da Câmara de Viseu
25.12.21
fotografia: Jornal do Centro
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 O ano que ficou marcado pelo desaparecimento do presidente da Câmara de Viseu
18.09.24
Fotografia: Jornal do Centro
 O ano que ficou marcado pelo desaparecimento do presidente da Câmara de Viseu

Foi num domingo, a 4 de abril de 2021, que António Almeida Henriques faleceu, vítima de complicações respiratórias causadas pela infeção do novo coronavírus. O presidente da Câmara de Viseu, com 59 anos, foi internado no Centro Hospitalar Tondela-Viseu a 7 de março, após uma “agudização de sintomas”. Permaneceu 29 dias internado, dos quais 25 foram passados na unidade de cuidados intensivos. Seguiram-se três dias de luto municipal e uma cerimónia fúnebre repleta de aplausos, lenços brancos e um silêncio ensurdecedor de uma cidade que assistia ao desaparecimento de um presidente que queria ser a voz de Viseu.

E foram muitos os que se despediram de um “amigo” que “sempre lutou pela região Centro”. Almeida Henriques estava no segundo mandato à frente da Câmara de Viseu. Foi eleito, pela primeira vez, em outubro de 2013.

Se por um lado a cidade de Viriato acompanhou a partida de um autarca, por outro assistiu também ao regresso de um outro que, em tempos, cuidou das ruas de Viseu. Falamos de um nome que entoa pela cidade. Depois de oito anos, Fernando Ruas regressou ao comando de Viseu pelos sociais-democratas, com 46,68 por cento dos votos e cinco mandatos na mão. No discurso da vitória disse que ganhou “ao João” – candidato do PS – e ao “António” Costa, o primeiro-ministro, porque “tantas foram as vezes que cá veio durante esta campanha”. Fernando Ruas adiantou ainda que a vitória era “expectável e deve-se à forma correta” como tratou os viseenses nos 23 anos em que liderou os destinos do concelho.

Na tomada de posse, garantiu novos objetivos para Viseu e obras no concelho para se alcançar a modernidade. Recordou os tempos dos Jogos Desportivos e dos Jogos da Amizade e do cartaz desportivo da Feira de S. Mateus, assegurando, também o seu regresso. Para a cultura, Fernando Ruas prometeu um centro de artes e espetáculos complementar ao conhecido Pavilhão Multiusos.

E nos restantes concelhos? Aceitámos a difícil (e quase impossível) tarefa de condensar um um concelho em uma notícia marcante. A escolha está aqui. Há um pouco de tudo. Turismo e desporto, alegrias e tristezas, conquistas e fracassos, dramas e festas. A região de Viseu é isto. E muito mais.

Começando pelo concelho de Armamar, percebemos que não podemos fugir aos cheiros e texturas da maçã que por lá se cria. Recuámos até outubro deste ano para sentirmos (um pouco) daquilo que foi a Feira da Maçã de Armamar. Este ano, com “mais produção” e “melhor qualidade”, apesar do granizo de junho ter destruído cerca de 25 por cento do fruto. E por uma melhor qualidade, já se sabe, pagou-se um pouco mais. Na altura, o certame contou ainda com espetáculos de palco, animação de rua “feita essencialmente com as associações culturais locais” e ainda seminários e colóquios sobre a maçã.

Seguimos em frente e o destino é Aguiar da Beira. Este ano, já no fim do mês de maio, soubemos que as vítimas dos crimes cometidos por Pedro Dias, em outubro de 2016, e os seus familiares ainda não tinham recebido as indemnizações a que tinham direito. Na altura, a Justiça declarou que o homicida de Aguiar da Beira não tinha bens em seu nome. Em causa, 500 mil euros de indemnizações por pagar. Pedro Dias está agora preso em Coimbra a tirar uma licenciatura em História, iniciativa que é entendida pelo Estado como forma de reabilitar e evitar o regresso ao crime. Recorde-se também António Ferreira, o ex-GNR que sobreviveu ao assassino de Aguiar da Beira.

E quando se fala em Carregal do Sal? Pensamos em Aristides de Sousa Mendes, o ex-cônsul, natural de Cabanas de Viriato, que a 19 de outubro ganhou um espaço no Panteão Nacional, em Lisboa. O antigo diplomata, que foi cônsul de Bordéus em França durante a Segunda Guerra Mundial, emitiu vistos que salvaram milhares de pessoas do Holocausto, desobedecendo assim às ordens do governo de António de Oliveira Salazar. A inscrição de Aristides no Panteão Nacional foi sugerida pela deputada não inscrita Joacine Katar Moreira, que viu aprovada a proposta no Parlamento em 2020.

Já em Castro Daire, o tema que marcou este ano de 2021 foi o regresso da recriação da Rota da Transumância. Regressamos a uma tradição ancestral que é considerada um património cultural e um tributo à memória das passagens e paragens de pastores e rebanhos, que marcaram o território. Este ano, os pastores fizeram a descida da Serra do Montemuro até ao Vilar. Alguns não levaram o gado por serem de longe, outros fizeram questão de os decorar. Resta, ainda hoje, a esperança de que os jovens não deixem morrer a tradição.

Falemos também em saúde. A norte do distrito, no concelho de Cinfães, em setembro deste ano, a população assistiu ao arranque de consultas de urologia com especialistas do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa. Um passo que significa uma menor distância aos cuidados de saúde. Além das consultas de urologia, a nova parceria entre a Câmara de Cinfães e o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa previa também a formação dos médicos de medicina geral e familiar em insuficiência cardíaca.

E a seguir à saúde vem também a política. Em Lamego, assistiu-se também a um regresso. Na verdade, muito semelhante ao de Viseu. Quatro anos depois, Francisco Lopes regressou às funções de presidente da Câmara de Lamego pelo PSD-CDS. Foi autarca entre 2005 e 2017, e sucedeu ao socialista ngelo Moura, que dirigiu a autarquia pelo PS nos últimos quatro anos. Com todas as 18 freguesias apuradas no concelho, a coligação teve 45,28 por cento dos votos dos lamecenses.

Para não fugir à regra, depois da política vem o desporto. O atleta Miguel Monteiro, da Casa do Povo de Mangualde, conquistou uma das duas medalhas que Portugal traz dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Em setembro, foi medalha de bronze no lançamento do peso F40, na qual o recorde mundial, que lhe pertencia, foi batido três vezes. Miguel Monteiro conseguiu a marca de 10,76 metros no quinto lançamento, depois de um primeiro arremesso a 10,45, de dois nulos, e de um lançamento a 10,37. Por Portugal, competiram 33 atletas em oito modalidades.

Continuemos, mais ou menos, no desporto. Em Moimenta da Beira, há duas rodas que percorrem muitas milhas para promover o concelho. Falamos do projeto Primeira Milha de ??Edgar Correia que procurou, em agosto, filmar o que de melhor há na região. À paixão pelas motas juntou a fotografia, o vídeo e a gastronomia. Assim se fez um projeto e o vídeo “As Terras do Demo em duas rodas” com milhares de quilómetros documentados.

A sul da região, 20 anos depois, destaque para o Rali de Portugal que voltou a passar por Mortágua. De acordo com a versão provisória do guia da prova, os pilotos enfrentaram um total de 346,26 quilómetros cronometrados, divididos por 21 especiais.

Já em Nelas, uma empresa espanhola decidiu apostar com 2,5 milhões de euros no concelho. Falamos de uma fábrica na área dos biocombustíveis em Nelas que marcou como objetivo criar mais de 100 novos empregos numa fase inicial. A empresa irá instalar-se junto à Lusofinsa, num espaço de 35 mil metros quadrados, depois de ter visto impossibilitada a hipótese de se instalar nos antigos Fornos Elétricos de Canas de Senhorim devido a níveis elevados de contaminação no solo. Ainda em Nelas, a empresa madeireira Lusofinsa também revelou a intenção de construir um cais e uma linha ferroviária própria num investimento de 2,7 milhões de euros que deve estar concluído em 2023.

E voltemos à política. Em Oliveira de Frades, a coligação PSD-CDS regressou ao poder em no concelho e João Valério foi eleito presidente da Câmara Municipal. O novo autarca substituiu Paulo Ferreira, que liderou a autarquia nos últimos quatro anos pelo Nós Cidadãos!. A coligação PSD-CDS, que tinha perdido o comando da Câmara há quatro anos, voltou a assumir os destinos autárquicos em Oliveira de Frades, tendo obtido 45,35 por cento dos votos com três mandatos conquistados.

E se falamos da maçã de Armamar também falemos da Feira da Maçã de Bravo de Esmolfe, em Penalva do Castelo, que regressou a 10 de outubro. Foi a 25ª edição de um evento que quer valorizar um dos produtos mais conhecidos do concelho. O certame contou com 30 stands de produtores de maçã e mais de 20 expositores de artesanato, queijo e vinho da região do Dão.

E em Penedono? Elegeu-se uma presidente. Agora é uma mulher que conduz os destinos do município mais pequeno do distrito de Viseu.

E em Penedono, a passagem de testemunho foi entre sociais-democratas mas agora é uma mulher que conduz os destinos do município mais pequeno do distrito de Viseu. Com 2.921 eleitores, Cristina Ferreira (PSD) venceu ao conseguir 48,26 por cento da votação com três mandatos atribuídos na autarquia.

E pelos ares do Douro, também nós andámos. O Governo autorizou a Infraestruturas de Portugal (IP) à repartição de encargos, até 2025, para o projeto de execução da ligação de Baião à Ponte da Ermida. A autorização tem efeito até ao valor global de 1,35 milhões de euros, começando a sua execução em 2022. No próximo ano, a IP está autorizada a uma despesa de cerca de 682 mil euros. Em 2023, a autorização fixa-se nos 549 mil euros. Para 2024 não está prevista qualquer dotação e para 2025 indica-se o valor de cerca de 119 mil euros. Para Resende, a infraestrutura é fundamental para aproximar o município da rede nacional de autoestradas.

Em Santa Comba Dão, destaque para a condenação de João Lourenço, ex-presidente da autarquia, a sete anos de prisão suspensa pelos crimes de fraude na obtenção de subsídios, de prevaricação e ainda falsificação de documentos. Em cima da mesa esteve a abertura de concursos públicos e candidaturas a fundos europeus para obras já executadas. O financiamento comunitário foi depois ‘desviado’ para executar outras obras no concelho. O juiz-presidente do coletivo, Júlio Gantes, justificou a pena suspensa com o facto do ex-autarca ter sido diagnosticado com Alzheimer.

E a 13 de maio, soube-se da morte de Manuel Baltazar, o homem conhecido como “Palito” que, em 2014, matou duas mulheres em Valongo dos Azeites, no concelho de São João da Pesqueira. O seu caso provocou uma autêntica caça ao homem durante um mês e foi um dos mais mediáticos da justiça portuguesa nos últimos anos. Manuel Baltazar pôs-se em fuga durante 34 dias. O caso remontou a abril de 2014. Manuel “Palito” foi detido um mês depois, tendo sido condenado à pena máxima de 25 anos de prisão em 2015.

E em São Pedro do Sul, ganhou-se um prémio nacional. A obra de valorização, reabilitação e conservação das Termas Romanas de São Pedro do Sul conquistou o prémio da edição de 2021 do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana, na categoria de melhor intervenção de Impacto Social. A obra teve um valor de adjudicação de mais de 1,5 milhões de euros.

Já em Sátão, vemos uma luz do fundo do túnel. A requalificação da Estrada Nacional 229 deverá ser concluída em 2026. As autarquias de Viseu e Sátão chegaram em março a acordo com a Infraestruturas de Portugal para assegurar a reconstrução da via. O investimento vai rondar um total de 12,3 milhões de euros. Viseu e Sátão vão contribuir com uma comparticipação de 1,4 milhões. Além disso, também vai estar prevista a construção de uma nova variante entre o IP5 e o Parque Industrial do Mundão.

Depois da maçã de Armamar e de Penalva do Castelo, veem as castanhas de Sernancelhe. Este ano, a Festa da Castanha regressou a Sernancelhe, entre os dias 29 e 31 de outubro, com a 29.ª edição da iniciativa, recuperando o formato tradicional que se realizava antes da pandemia. O evento manteve o objetivo de “ajudar a promover a castanha de Sernancelhe, ser uma montra para produtores e empresas, impulsionar a economia, o artesanato, a cultura e as gentes de Sernancelhe e projetar turisticamente o território”. O evento decorre desde 1992, promovendo a marca de Sernancelhe como capital da castanha com mais de mil hectares de castanheiros no concelho e reconhecendo o trabalho de centenas de produtos.

E viajemos até à terra da baga do sabugueiro. Estamos em Tarouca e este ano adivinhe-se: os produtores da baga fizeram um balanço positivo da apanha. O concelho tem cerca de 600 produtores que se dedicam a este fruto típico da região. Por norma, as bagas seguem para a Alemanha e Holanda.

Em Tabuaço, destaque para o Ministério Público (MP) que acusa o antigo presidente da Câmara de Tabuaço, João Ribeiro, de quatro crimes, entre os quais corrupção passiva. Para além do ex-presidente, o processo conta com mais seis arguidos: um ex-chefe de divisão do município, Gumercindo Oliveira Lourenço, dono da empresa de construção civil Montalvia e o seu filho, Daniel Lourenço. Em causa, está a requalificação da Estrada Municipal 512, na freguesia de Adorigo. Em resposta à acusação, o ex-autarca disse estar a ser “alvo de perseguição” com o objetivo de, no seu entender, ser afastado “definitivamente da vida política”.

Em Tondela, destaque também para a condenação do atual presidente da Câmara a cinco anos de prisão, suspensa na execução. O Tribunal declarou ainda a perda de mandato. José António Jesus foi condenado por um crime de peculato e dois crimes de falsificação de documento, relativos ao processo das deslocações em viagens efetuadas em viaturas próprias que terão sido realizadas em viaturas da autarquia. Perante esta decisão do coletivo de juízes, a defesa já anunciou que irá recorrer.

Já em Vila Nova de Paiva, um insólito. Nas últimas eleições autárquicas, a Assembleia Municipal falhou a lei da paridade, ainda que por breves momentos. Composta apenas por mulheres, a situação surpreendeu vários munícipes e, mais tarde, foi feita a revisão da constituição da mesa da assembleia.

Por último, em Vouzela, o presidente da Câmara e a população mostraram-se preocupados com a situação da Estrada Nacional 228. Em outubro, o autarca revelou 20 pontos identificados a necessitarem “rapidamente” de obras, que ainda não tinham recebido autorização das Finanças. Também populares e bombeiros do concelho criticaram o estado da EN 228, que ficou com vários danos por causa do mau tempo registado em dezembro de 2019 e chegou a estar fechada ao trânsito durante um ano.

 O ano que ficou marcado pelo desaparecimento do presidente da Câmara de Viseu

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