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“O ensino profissional está para ficar”

 “O ensino profissional está para ficar”
03.07.21
fotografia: Jornal do Centro
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 “O ensino profissional está para ficar”
12.09.24
Fotografia: Jornal do Centro
 “O ensino profissional está para ficar”

Nos últimos anos o ensino profissional tem ganho espaço e consolida-se cada vez mais como uma primeira opção para os alunos.
Por volta dos anos 90, escolher o ensino profissional era visto como uma forma de colmatar falhas sociais e servia apenas alunos com algumas dificuldades de aprendizagem, um estigma que tem perdido força.
Atualmente, e tendo por base dados da Pordata do último ano, 2020, de um universo de 393.340 alunos quase metade (122.283) ingressaram pela via do ensino profissional, através de cursos profissionais, cursos técnico-profissionais/cursos tecnológicos e cursos de educação e formação de jovens (CEF).
Para Nuno Marques, diretor da Escola Profissional Mariana Seixas, uma das mais antigas escolas profissionais de Viseu e uma das mais expressivas no panorama regional e nacional, recorda que quando a escola surgiu em Viseu havia “uma visão muito redutora do ensino profissional. Dizia-se que tinha sido criado para colmatar falhas sociais e que era para alunos com dificuldades de aprendizagem. Era sempre associado a alunos com uma faixa social mais desfavorecida”.
Nuno Marques admite que nos meios mais pequenos ainda há esse estigma, mas é com satisfação que conta que muito já mudou.
“Atualmente, temos a felicidade de muitos dos nossos alunos que vêm para o ensino profissional chegam sem qualquer reprovação, por opção terminam o 9º ano com notas boas e vêm para aqui. E isso é uma grande satisfação para nós porque é sinal que os encarregados de educação já olham para nós em igualdade com os cursos cientifico-humanísticos”, afirma.
Segundo o responsável, “nos últimos 10/15 anos têm-se visto que a idade dos alunos a ingressar no ensino profissional diminuiu. E isso quer dizer que encarregados de educação e alunos já veem o ensino profissional não como uma primeira ou segunda escolha mas como mais uma escolha para o prosseguimento dos estudos”, destaca.
Para Nuno Marques, o ensino profissional está para ficar, destacando que “o trabalho feito nas escolas profissionais e o reconhecimento público desse trabalho” em muito tem contribuído para desmistificar o estigma de outros tempos.
Criada em 1999, a Escola Mariana Seixas é um exemplo da mudança do panorama no ensino profissional e a verdade é que atualmente tem mais de 200 alunos. Com sede em Viseu e um polo em Castro Daire, a instituição de ensino atingiu no ano letivo 2020/2021 o número máximo de turmas, 31. E nos últimos cinco anos, a escola ganhou cerca de 120 alunos, um aumento de cinco turmas em Viseu e duas no polo de Castro Daire.
“O objetivo é, no próximo ano, tentarmos manter este número”, afirma Nuno Marque, admitindo que o grande desafio dos próximos anos é “lutar” contra a baixa natalidade.

A valorização da formação profissional e a empregabilidade
Numa análise ao documento de “Avaliação do contributo do Portugal 2020 para a Promoção do Sucesso Educativo, Redução do Abandono Escolar Precoce e Empregabilidade dos Jovens”, sabe-se que, em média, em cada 100 alunos, 87 dos cursos profissionais completaram o ensino secundário e apenas 57 completaram o mesmo nível de ensino tendo frequentado a via de ensino dos Cursos Científico Humanístico. Outro dado de destaque, e que valoriza os cursos profissionais, é a taxa de empregabilidade: 54 por centro dos alunos do ensino profissional encontram trabalho entre seis e nove meses depois da conclusão, no caso dos cursos cientifico-humanísticos esta percentagem desce para 36.
Uma realidade que Nuno Marques bem conhece. “Muitos dos nossos alunos que pretendem engraçar no mercado logo na conclusão do curso, mais de 70 por cento ficam a trabalhar no sítio onde estagiaram. Outros vão para licenciaturas e entram na primeira opção, e isso deixa-nos muito satisfeitos”, conta o responsável.
“Temos três ou quatro cursos que se conseguíssemos formar o dobro ou o triplo dos alunos conseguiríamos por todos no mercado de trabalho – em particular virados para a eletrónica, automação e computadores e os cursos na área da restauração, tanto cozinha e pastelaria como restaurante bar, são cursos que o mercado está necessitado”, acrescenta.
Segundo Nuno Marques, tem-se assistido a uma necessidade de reforçar quadros intermédios das empresas e é aqui que o ensino profissional entra.
“De há uns anos para cá há analisas que defendem que em Portugal o que é necessário neste momento, já que estamos bem servidos de quadros superiores, é fortalecer o nosso mercado com quadros técnicos e aqui as escolas profissionais têm um papel importantíssimo”, assegura.
Nuno Marques lembra ainda que o lado mais prático destes cursos ajudam a que os alunos cheguem ao mercado de trabalho mais bem preparados e conscientes dos desafios diários.

Trabalho desenvolvido pelas escolas profissionais tem sido fundamental
Para Nuno Marques, “o trabalho feito nas escolas e o reconhecimento desse mesmo trabalho na esfera pública tem ajudado ao crescimento e valorização do ensino profissional”.
“No caso da Mariana Seixas, os prémios que foram sendo conquistados a nível regional, nacional e até internacional foram-nos dando algum reconhecimento. Prémios nacionais do Ministério da Educação, do concurso Inova, as várias menções honrosas que recebemos na fase final do concurso Ilídio Pinto, Ciência na Escola, prémios de empreendedorismo, tudo isso ajuda a que se veja o ensino profissional como um ensino com qualidade e rigoroso”.
Recentemente, no ranking de escolas, conhecido no início do ano, na vertente profissional a escola Mariana Seixas conquistou o 3º lugar na classificação geral. “Bons resultados que só nos trazem mais responsabilidades mas também é para isso que cá estamos”, destaca Nuno Marques.

Escola Mariana Seixas abre novo polo no próximo ano letivo
Com a sede em Viseu e o polo de Castro Daire a chegarem ao limite da capacidade, os responsáveis pela Escola Profissional Mariana Seixas decidiram abrir um novo polo em Mangualde, que deverá estar funcional já no próximo ano letivo.
“Numa analise feita percebemos que temos muitos alunos que vêm de Mangualde, Penalva do Castelo, Nelas, Carregal do Sal, e assim podem ficar mais perto de casa. Em parceria com a Câmara Municipal de Mangualde e em sintonia com o Agrupamento de Escolas de Mangualde houve esta abertura para iniciarmos. O objetivo era ser este ano mas por alguma burocracia e também por toda a situação que vivemos será só no próximo ano letivo”.

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