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Burro velho não aprende línguas! É uma ideia que vai correndo por aí, que ser mais velho já não é tempo de aprender, mas de esquecer. Depois, para reforçar esta ideia, vem outra que diz que o jovem aprende mais depressa! Isto não é inteiramente verdade, apesar das aparências há outras verdades!
A primeira é que a nossa mente é muito mais maleável (plasticidade) do que pensamos. Conservamos ao longo da vida a mesma capacidade para aprender. O que se passa é que com o andar dos anos perdemos a motivação para aprender. É isso que alimenta aquela falsa ideia e para a mudar não basta a intenção, precisa da decisão e de passar á prática. Talvez que a melhor decisão seja regressar ao ginásio antigo e esquecido. Ir para praticar a Arte de Conversar e da qual fomos perdendo o músculo e a forma. Uma boa conversa é a maior e mais completa fábrica de ideias, tanto que dela até já se fez ciência! É um lugar onde não há mensagens falsas, mas que precisa de empatia e emoção!
A outra ideia é aquela que diz que os mais novos aprendem mais depressa! O que há de verdade nisto? Essa rapidez é porque eles ainda sabem pouco, o copo ainda está vazio, tem sede e absorvem tudo. Nos mais velhos a aprendizagem é mais lenta, mas com outras vantagens. O conhecimento anterior e acumulado ajuda a estruturar o novo conhecimento e aprende-se melhor. Um é mais rápido e o outro mais sábio.
Há ainda mais um argumento que tem vindo a ajudar este tipo de preconceitos. É que o mundo atual precisa de aprendizagens rápidas! É verdade, mas não completamente. As exigências de rapidez têm a ver com a sobrevivência, a outra é para não esquecer, para memória futura e para gerar consciência critica. Por isso precisa de tempo para ser mais elaborada. Mas para velhos ou novos o lema é aprender toda a vida e uma das melhores formas é usar a Arte de Conversar. Criar os tais ginásios onde se aprende a ouvir, dizer e questionar. É regressar aquela palavra que desencadeia todo o conhecimento e que aprendemos na infância, o PORQUÊ! Essa é uma palavra lapidar que devia andar estampada na nossa testa e nas paredes. Foi ela que nos ajudou a descobrir o mundo. Regressar ao porquê, seja á sombra das árvores, num banco de jardim, numa esplanada onde não passem carros ou na praia…
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Alfredo Simões
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Jorge Marques