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Joaquim Alexandre Rodrigues
Diz-se que o andebol, mais do que nunca, está na moda…
A nível nacional, o andebol talvez seja, neste momento, a modalidade que está a ganhar mais visibilidade, a seguir ao futebol. E a isso também tem ajudado o desempenho das nossas seleções, quer a principal, masculina e feminina, quer as jovens, que se apuraram para fases finais. A nível do nosso distrito, o principal objetivo é que continue a desenvolver-se e o professor Escada tem muita responsabilidade neste crescimento e é, sem dúvida, a cabeça do andebol no distrito de Viseu. E eu aprendi a gostar de andebol com ele, nestes anos em que trabalhámos juntos. Eu nunca joguei, mas fui árbitro, de andebol e futebol.
Esse crescimento nacional também é sentido no distrito? Há mais atletas e clubes?
Neste momento, temos inscritos cerca de 1200 atletas e 16 clubes, um deles que se dedica ao andebol em cadeira de rodas, o que para o distrito de Viseu, do interior, já são números com alguma razoabilidade. Há 10 anos nem metade dos atletas tínhamos. Estamos em perspetiva de criar mais dois, em Santa Comba Dão e outro em Mortágua. O nosso objetivo é que exista, pelo menos, um clube em todos os concelhos. Neste momento, faltam-nos Castro Daire, Cinfães, Sátão, Sernancelhe, Mangualde.
E com equilíbrio no número de atletas em feminino e masculino?
Dentro da Associação de Andebol de Viseu, há uma paridade de números. Os masculinos são pouco mais do que os atletas femininos, falamos de cerca de 620 atletas masculinos e 580 femininos. E isto também é o reflexo de um trabalho que começámos a fazer há uns anos e que passava por incentivar os clubes que já tinham equipas masculinas a terem, pelo menos, uma equipa feminina. E temos bons exemplos, como a Academia de São Pedro do Sul que estão na Primeira Divisão e numa prova internacional. E, na segunda divisão, poderemos ter mais duas, além de Lamego, o Lusitano de Vildemoinhos e Ginásio Clube de Tarouca, este último que subiu este ano. E também temos equipas de formação a disputar competições nacionais, o Andebol Clube de Lamego e o Núcleo de Andebol de Penedono.
O projeto andebol 4Kids, dedicado às crianças, tem ajudado a captar novos atletas?
Sim e para o ano vamos continuar. A fase final deste novo ano será em Tondela. O andebol começa nos miúdos com 7/8 anos e é importante que se crie esta vontade pelo desporto ainda muito novos. Até podem mudar de modalidade, o que importa é que se crie hábitos, porque o desporto desenvolve as pessoas física e intelectualmente.
E de que forma a Associação pode impulsionar o aumento de atletas e a criação de mais clubes?
A Associação pouco pode fazer, depende muito dos clubes. E os clubes acabam por também estar dependentes dos apoios das autarquias, porque fazem das tripas coração para conseguirem desenvolver o andebol nos seus concelhos. Mas, conseguimos ter nos concelhos grupos de pessoas que trabalham muito para manter o andebol vivo. O nosso apoio não pode ser com dinheiro, porque também não temos, mas vamos tentando ajudar, seja com iniciativas como o andebol 4kids, oferta das bolas, apoio financeiro nas arbitragens.
Iniciativas como o Torneio Internacional Andebol também põem Viseu no mapa?
Sem dúvida. Durante três dias, Viseu foi a capital do andebol. No final, quando terminamos, sentimo-nos realizados pela possibilidade que damos ao desenvolvimento do andebol de Viseu e de toda a região. E até posso dizer que são os próprios clubes, nomeadamente os “três grandes”, que perguntam quais vão ser as datas e isso é muito importante. Eles fazem questão de estar no torneio, porque é uma forma de se prepararem e testarem as suas capacidades e verem os adversários. E depois também
temos outros torneios particulares e que são muito importantes, como o Termas Cup, organizado pela Academia de São Pedro do Sul, o Viseu Handball Cup, agora dinamizado pelo Lusitano, há um também em Penedono e vamos tentando apoiar os clubes para que dinamizem estes eventos.
Está atualmente à frente da Associação, depois da saída de Joaquim Escada. Como recebeu o convite?
Quando reunimos a primeira vez e ele me disse que tinha que tomar conta da associação, eu disse que precisava de pensar, mas acabei por aceitar e fiquei interinamente.
Já pertencia à estrutura da associação. O que muda agora com o papel de presidente?
É diferente, porque tudo o que acontece cai em cima do presidente. E a associação tem esse objetivo e função, resolver questões e ajudar no desenvolvimento da modalidade e isso requer outras responsabilidades.
Estava ligado à arbitragem da Associação. Como está a arbitragem, há falta de árbitros?
Para provas nacionais, temos quatro duplas e meia, sendo que a meia é um árbitro de Viseu que faz dupla com um árbitro de Aveiro. Para um distrito como Viseu, estes números não são maus. No regional é que está o grande problema, temos muitos jogos, mais de 20 jogos por fim de semana e é complicado. Há duplas que têm que estar em vários concelhos no mesmo fim de semana.
Como é que se captam árbitros?
Pedimos muitas vezes aos clubes que nos indiquem jovens que possam integrar a arbitragem, porque podem ser jogadores e arbitrar outros escalões, mas ainda não há muita resposta neste sentido. Estamos também a trabalhar na preparação de um curso de árbitros, mas temos que ter um número mínimo para poder abrir.
Como espera ver o andebol no distrito nos próximos anos?
Espero que possamos desenvolver mais o andebol e a associação não é a única entidade que o pode fazer, tem que ser um trabalho conjunto entre federação, associação e clubes. Esperamos que os clubes continuem a trabalhar como têm feito para que possamos lutar de igual para igual com associações como Aveiro ou Leiria. E não vamos deixar de trabalhar para que possamos, em breve, voltar a ter uma equipa na Primeira Divisão.