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Há uma grande diferença entre gostar, ter opinião e decidir. Isto vem a propósito da discussão que anda no ar sobre algumas das reivindicações dos professores, uma das quais é o estabelecimento de cotas na sua avaliação. Por não concordar com as cotas, devo responder a duas premissas. A primeira é dizer porquê e a segunda é dar soluções. Vamos então aos porquês!
Porque não se pode avaliar antecipadamente o resultado de um trabalho que ainda não aconteceu e determinar percentagens dos que vão ser os melhores; esse ter que ser é o inverso da avaliação objetiva; é privilegiar uma visão burocrática e não o desenvolvimento das pessoas e a melhoria dos serviços; os avaliadores são então formados para cumprir a norma e não para avaliar pessoas; porque se associa a uma avaliação defeituosa a atribuição de compensações remuneratórias e de carreira; porque uma deficiente formação dos avaliadores tem levado á confusão entre o que é prejudicar e desenvolver os colaboradores. E quais as soluções?
Os sistemas de avaliação não são o problema; a ministra da época pediu opinião e foi-lhe dada, nomeadamente sobre esta questão; a Administração Pública tinha o seu Instituto Superior (INA) cuja missão era acabar com um velho estilo de chefia, para criar líderes e uma nova cultura. Acabou-se com essa Escola; a massa critica que chega á Administração Pública vem das mesmas Escolas daqueles que vão para as organizações privadas. Por isso o problema não está nas pessoas, nem estas mudanças se fazem por decreto, mas mudando o sistema e a cultura da Gestão dos Serviços Públicos. Mas afinal o que é um Sistema de Avaliação do Desempenho?
É o momento em que chefe/subordinado fazem a análise do trabalho realizado, o que correu bem/mal, o que precisa ser melhorado, alterado, inovado; não é para prejudicar ninguém, mas para ajudar ao seu desenvolvimento; é criar compromissos e objetivos claros para o ano seguinte, porque não é possível viver sem avaliar o passado e criar o futuro; nem ter um sistema onde se estabelece por norma quantos serão os muito bons e isso produzir efeitos remuneratórios e de carreira. Há outras formas de compensação e não se pode confundir mérito com antiguidade. As cotas são ainda uma forma de desresponsabilizar as chefias, quando a solução é formar e criar líderes que objetivamente compensem os melhores…
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Clara Gomes - pediatra no Hospital CUF Viseu
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