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O Teatro Viriato é um porta aviões e às vezes não se tem a noção desta dimensão

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 O Teatro Viriato é um porta aviões e às vezes não se tem a noção desta dimensão - Jornal do Centro
10.01.23
fotografia: Jornal do Centro
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 O Teatro Viriato é um porta aviões e às vezes não se tem a noção desta dimensão - Jornal do Centro
10.01.23
Fotografia: Jornal do Centro
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 O Teatro Viriato é um porta aviões e às vezes não se tem a noção desta dimensão - Jornal do Centro

https://www.jornaldocentro.pt/podcast/detalhe/22

No início de um novo ano, uma nova programação para o Teatro Viriato. O que vamos ver nos próximos meses?
Além da programação, eu gosto de ver o Teatro Viriato como um todo. A programação é muito importante, é o que nos liga ao público, o que nos mostra para fora, mas eu gosto de ver o Viriato como um todo. A programação tem momentos importantes, como por exemplo o NANT (festival de dança contemporânea), um evento muito importante para o país, e criámos ciclos novos. Um que se chama 25 de Abril e dedicado à efeméride e outro que é o Urgências e neste ciclo percebemos quando estávamos a analisar as propostas de programação qual era a urgência dos artistas e percebemos que muitas das propostas tinha a ver com a emergência climática
O artista sempre vai estar em emergência e esta necessidade de criação faz com que ele seja um cidadão irrequieto. Nós tínhamos muitas propostas sobre a emergência climática e logo percebemos que esta deve ser uma urgência dos artistas de falar deste assunto, é uma cosa que inquieta os artistas.

As propostas são multidisciplinares?
Sim e são propostas para adultos, jovens, para todos os públicos e em diversos formas de artes.

Esse é o papel do artistas, alertar consciências?
A ambição e missão do artista é expressar-se. Mas quando temos um trabalho que de alguma forma consciencializa as pessoas isso é importante. Seja que tema for.

Estes ciclos têm um trabalho para a comunidade? Algo que o Viriato tem feito desde a sua génese?
Esse é o papel que o Teatro Viriato construiu nestes anos todos e é importantíssimo. O Teatro Viriato tem uma ligação muito forte com o território onde está inserido, com a comunidade, sempre teve e sempre teve essa proximidade.

Continuam a haver muitas atividades educativas e formação de públicos?
O trabalho de formação de público é constante e nunca deve parar. Houve uma quebra por causa da pandemia e os teatros ainda ressentem, houve uma mudança nos diferentes públicos e muitas pessoas que frequentavam o teatro regularmente agora não o fazem

Então quem vai agora ao Teatro?
As pessoas com quem nós vamos começar a trabalhar (risos). Temos sempre de começar o trabalho do zero, tentando recuperar o público que está longe dos teatros de uma forma geral. É um trabalho que todos estamos a fazer de novo.

Esta programação é só Henrique Amoedo porque quando entrou já tinha compromissos assumidos pela anterior direção…
É da minha responsabilidade e tendo como adjunta a Maria João Rochete. Há espetáculos inseridos que já estavam assumidos mas, obviamente, é a minha programação, que eu assino.

E como é a programação do Henrique Amoedo?
É uma preocupação com a … programação, é uma coisa que eu também tenho de aprender, mas é uma programação que pretende chegar a todos, que tenha qualidade artística e que toque o público, inquietando-o, tirando-o do lugar de conforto, dar-lhe prazer. Nós temos de caminhar entre os dois polos.

Tendo em conta que é fundador do grupo Dançando com a Diferença, a filosofia que leva este grupo ao sucesso é a mesma que implementa quando esteve a criar esta programação artística?
A ligação entre o Dançando e o Teatro Viriato já acontece desde 2017. A visão artística para mim está impregnada com a questão da inclusão, das questões sociais e de falar para os diferentes públicos. Eu não consigo dissociar o Henrique que faz a programação do Teatro Viriato e o Henrique que dirige o Dançando com a Diferença.

Vai ser fácil ir ter com o público que é preciso voltar a reconquistar?
Não e também acho que não é numa programação que o vamos conseguir. É importante lançar a programação, mas mais importante é pensar o que é o Teatro Viriato. O Teatro Viriato é um projeto importante local, nacional e internacionalmente. É uma referência, tem 24 anos e foi evoluindo. Agora temos de ver daqui para a frente, o que podemos fazer de novo, qual a nossa relação com o público, com a cidade, com os artistas… tudo isto tem de ser pensado.

Não é português. O que as pessoas lhe dizem sobre o Teatro Viriato?
O Teatro Viriato tem as melhores referências nas diferentes instâncias. Eu costumo dizer que o Teatro Viriato é um porta aviões e às vezes não se tem a noção desta dimensão. É o único espaço dotado com estas condições na cidade, tem programação e atende às necessidades do território. O que eu ouço de fora é que o Teatro é tido como uma referência no apoio aos artistas e naquilo que eles fazem desde as co-produções às residências.

É também a casa mãe dos artistas locais?
Eu acho que muitos artistas começaram os seus percursos artísticos nas diferentes iniciativas que o Teatro Viriato promoveu no trabalho com a comunidade e isto fez com que o tecido artístico de Viseu seja diferente do da maior parte do país. O trabalho do Viriato reflete no que é a cidade hoje e é aqui que ele tem de ser repensado. Ou seja, se a cidade investe mais nestes artistas, o município investe, o teatro Viriato continua a apoiar … como vamos fazer para continuar a crescer juntos, como gerir tudo para que isto possa ser bom para todos.

Houve necessidade de fazer reajustes no Teatro Viriato?
A nível de funcionamento continua igual. O Viriato tem uma equipa muito bem formada e muito bem especializada. Sabe muito bem o que faz e como faz, por isso o Teatro Viriato é uma referência.

Voltando à programação para este ano. Que surpresas? Já anunciou um espetáculo dedicado ao novo circo…
Aqui tenho de voltar a olhar ao que já foi feito no Teatro Viriato, o investimento que já fez em determinada área, o que trouxe para o território, o que trouxe de novos públicos e é olhar para tudo isto e voltar [a dar]. Não precisamos inventar a pólvora, o que é preciso é ver quando ela foi bem utilizada.
Vamos ter programação na área do circo contemporâneo, na música e temos o ciclo 25 de Abril, um ciclo para pensar como foi a revolução e fazer com que as pessoas falem disto mas numa conversa intergeracional. Vamos trabalhar a questão da revolução como uma forma política, não partidária, de ver e se estar no mundo.

Quando pensou na programação foi porque pensou que vai ter bilheteira, porque é a tendência do público do Teatro ou optou por uma programação disruptiva? Ou uma junção disto tudo?
Nada disto (risos). Quando eu pensei a programação eu pensei… eu tenho de acabar a candidatura [para entregar à DGArtes]. Eu cheguei em maio e a candidatura tinha de ser entregue em junho… tinha muitas propostas para analisar, não foi fácil… o resto foi muito pragmático. Mas foi do desespero (risos)

Mas um bom desespero?
Tem horas em que se tem de ser pragmático… o primeiro ano é assim, mas a partir daqui vamos construindo e no segundo ano já será diferente. É construir.. é pensar no teatro como um todo, como sempre tenho dito.

O facto de conhecer o Teatro Viriato e a equipa que o compõe foi o que o levou a considerar ser diretor artístico?
Este é um espaço que eu vejo que sou bem recebido, que acolhe bem, que tem chão para os projetos serem desenvolvidos. Depois tem a coisa de querer pensar de outra forma, de querer evoluir no meu processo de aprender coisas novas e lidar com outras coisas. É o desafio, se não formos movidos por desafios fica sem graça.

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