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Joaquim Alexandre Rodrigues
O turismo desportivo é um fenómeno que tem sido estudado a partir da segunda metade do século XX, começando a existir uma oferta mais diversificada e planeada de férias em conjunto com a prática desportiva que, segundo Pereira & Carvalho (2004), favoreceu a consolidação do conceito Desporto e Turismo.
É definido como: viagens de lazer que levam os indivíduos, temporariamente, para fora das suas comunidades de origem, para participar em atividades desportivas, assistir a eventos desportivos ou visitar atrações associadas ao desporto. (Gibson, 1998b, p. 49)
Com efeito, esta definição parece abranger todo o espectro de atividades que os diferentes autores rotulam como ‘turismo desportivo’, e fornecem uma categorização que distingue claramente diferentes domínios:
turismo desportivo de eventos (‘ver’),
turismo desportivo saudosista (‘visitar atrações`)
e turismo desportivo ativo (‘participar’).
Perante estes domínios: ver, visitar e participar, surgem algumas questões pertinentes:
“Porque os turistas desportivos fazem o que fazem?’; ou mais precisamente, ‘Porque eles participam, assistem ou visitam eventos ou locais desportivos?’. Gibson (2006)
O propósito, então, não é apenas descrever tais comportamentos, mas também analisá-los e explicá-los (Weed, 2006); considerá-los como práticas socioculturais em vez de meros padrões de consumo.
Neste sentido, os turistas desportivos são considerados seres reflexivos e corporificados, desfrutando de sensações, mobilidades e lugares, permitindo uma compreensão abrangente das formas como os turistas desportivos ativos se envolvem com o espaço, onde o espaço é visto como um objeto ou material para esse jogo.
No entanto, o turismo desportivo ativo, como Gibson(1998b) aponta, é negligenciado pelos profissionais do turismo, que muitas vezes estão focados na realização de grandes eventos desportivos.
O turismo desportivo ativo pode ser considerado como um pacote de múltiplos envolvimentos com o espaço, e caracteriza esses compromissos como fundamentalmente lúdicos, bem diferente das formas não participativas, como assistir a eventos e visitar instalações desportivas, na classificação de Gibson.
Usufruir do território, da natureza, através da atividade desportiva, relaciona, o corpo, no próprio material ambiente, representando para os turistas desportivos ativos, uma fonte de sensações e prazeres.
Os efeitos da natureza sobre a saúde mental e física têm sido rigorosamente demonstrados, conhecer e vivenciar a natureza torna-nos geralmente pessoas mais felizes e saudáveis. As conexões com a natureza ajudam a moldar decisões que beneficiam as pessoas e os ecossistemas.
O turista desportivo ativo encontra na natureza uma diversidade e variabilidade de estímulos que englobam vários espaços temporais, afetos, projetos, ações e sensações.
O turismo desportivo ativo também representa a procura de um contato intenso e prazeroso com os elementos e os sentidos.
As atividades ao ar livre são de fato amplamente consideradas entre os participantes como forma privilegiada de ligação com a ‘natureza’. Tais concepções são muitas vezes apoiadas por uma forte consciência ecológica.
O turismo desportivo ativo aponta alguns dos elementos essenciais do desporto e do turismo: o seu carácter lúdico, a sua ligação essencial com a mobilidade ou o movimento, a estética e prazer que envolvem.
Deste modo, identificam-se então grandes dimensões do turismo desportivo ativo:
um conjunto de práticas lúdicas com o ecossistema resultando em territórios partilhados e mobilidades em larga escala;
um jogo cinestésico, baseado na liberdade e nas sensações, profundamente relacionado na materialidade dos lugares, nos elementos e sentidos.
Este quadro conceptual é uma forma de compreender melhor os motivos e práticas dos turistas desportivos; é também uma forma de sublinhar as tendências mais amplas das culturas de lazer contemporâneas: tais culturas estão cada vez mais integradas nas esferas da atividade diária, cada vez mais lúdicas, mais mediatizadas e apoiadas por uma crescente consciência ecológica.
Brymer, E., & Gray, T. (2009). Dancing with nature: Rhythm and harmony in extreme sport participation. Journal of Adventure Education & Outdoor Learning, 9(2), 135–149. doi:10.1080/ 14729670903116912
Gibson, H. J. (1998b). Sport tourism: A critical analysis of research. Sport Management Review, 1(1), 45–76. doi:10.1016/S1441-3523(98)70099-3
Gibson, H. J. (2006). Towards an understanding of ‘why sport tourists do what they do’. In H. J. Gibson(Ed.), Sport tourism : Concepts and theories. (pp. 66–85). New York, NY: Routledge.
Higham, J. (2005). Sport tourism destinations: issues, opportunities and analysis. London. Elsevier, 8.
Pereira, E., & Carvalho, J. (2004). Desporto e turismo: modelos e tendências. Povos e Culturas. Cultura e Desporto, 9, 233-248.
Weed, M. (2006). Sports tourism research 2000–2004: A systematic review of knowledge and a metaevaluationof methods. Journal of Sport & Tourism, 11(1), 5–30. doi:10.1080/14775080600985150
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