Com a chegada do outono, é altura de saborear os ingredientes da…
A Comunidade Intermunicipal do Oeste deu as boas vindas ao ‘Post Tour…
A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
por
Pedro Escada
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Jorge Marques
A liderança do projeto – Cidade Capital Europeia da Cultura-2027 – tem o nome de Paula Mota Garcia. É um nome nosso conhecido, aqui viveu e foi diretora do Teatro Viriato. Recordo-me que em 2019, em nome do Jornal do Centro, entreguei-lhe um prémio de reconhecimento pelo seu trabalho. Com ela Évora ganha este desafio e numa concorrência difícil com Angra do Heroísmo, Aveiro e Braga.
Seria pedagógico olhar a construção da imagem cultural de uma cidade. Deve sempre partir-se de uma ideia e que neste caso foi o “VAGAR” como forma de viver alentejana e tantas vezes apontada como defeito. VAGAR porque é uma herança cultural, tem carga de diversidade e do assumir da diferença. Nessa construção exemplar vai-se privilegiar os artistas e organizações locais de cultura. São eles os pilares, os guardiões e as fontes de desenvolvimento futuro. Reconstrói-se o Centro Histórico como Memória e Património Cultural. Era interessante convidá-la um dia para nos explicar este projeto e como a cultura pode produzir mais desenvolvimento. Seria interessante olhar a nossa cidade nessa perspetiva. E porquê?
Porque é preciso distinguir bem os tempos da política e da cultura, o curto do longo prazo. A cultura precisa de tempo e não se compadece com o tempo dos mandatos eleitorais. Muitos dos investimentos na cultura perdem-se porque são datados no tempo da política e na vontade do protagonista do momento. Os projetos de cultura precisam prolongar-se no tempo, por isso a sua contratualização não deve ser anual ou casuística. É tal e qual como a reivindicação da descentralização feita pelas autarquias. Na cultura acontece o mesmo, a sociedade também reclama das autarquias mais descentralização do ato cultural. Certamente que num caso como no outro são precisas regras e o envelope financeiro, porque o trabalho cultural também é a prestação de um serviço á comunidade.
Viseu tem hoje um conjunto de grupos e indivíduos que produzem um excelente trabalho artístico e cultural. Deverão ser eles os pilares da nossa cultura e os construtores da imagem cultural da cidade. Alguns podem até profissionalizar-se e serem escolas de amadores. Pensar a cultura de uma cidade é pensar a própria cidade, porque com a Cultura todos ganham. É na cidade que todos devemos estar focados e a diversidade de opiniões só pode servir para encontrar as melhores soluções, mas sempre construtivas.
por
Pedro Escada
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Jorge Marques
por
Helena Barbosa
por
Raquel Costa, presidente da JSD Concelhia de Tarouca