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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques
O padre Luís Miguel Costa entrou sorridente e aparentemente bem-disposto esta manhã de quarta-feira ao Tribunal de Viseu onde arrancou o debate instrutório do processo em que está acusado de dois crimes de natureza sexual.
À chegada, e questionado pelos jornalistas, o padre apenas disse “bom dia e bom trabalho”. A mesma frase que foi proferida pelo seu advogado, Paulo Duarte.
A advogada que representa a família da vítima, o menor que alegadamente terá sido sexualmente aliciado pelo padre, Cristiana Rodrigues, também optou por não prestar declarações.
“A nossa posição é não falar para a comunicação social, é um debate instrutório lá dentro é que se faz justiça”, disse.
A abertura do debate instrutório – diligência com intervenção do Ministério Público que visa permitir uma discussão perante o juiz sobre a existência de indícios suficientes para submeter, ou não, o arguido a julgamento – foi pedida pelo padre Luís Miguel. Nesta diligência, o pároco é o único a falar, uma vez que o juiz não permitiu os testemunhos de três bispos e três sacerdotes que o padre tinha chamado para deporem a seu favor.
A defesa de Luís Miguel, que negou as acusações, diz que as provas apresentadas são insificientes e baseiam-se apenas nas declarações do menor.
Luís Miguel Costa, de 46 anos, é acusado pelo Ministério Público (MP) da prática de um crime de coação sexual agravado, na forma tentada, e de um crime de aliciamento de menores para fins sexuais. O caso aconteceu em São João de Lourosa, no concelho de Viseu, durante um convívio e reunião de trabalho.
De acordo com a acusação, o padre, que estava sentado ao lado do menor agora com 15 anos, “tocou com a sua mão na mão da vítima e, pouco depois, deu-lhe conta do seu propósito de se relacionar sexualmente”.
O padre “convidou o menor para se encontrar com ele no WC, local onde, puxando-o para junto de si, aproximou os seus lábios aos dele, procurando repetidamente beijá-lo na boca, o que este evitou”, refere o MP.
Para além do caso estar a ser julgado no Tribunal de Viseu, está a decorrer em paralelo um processo penal canónico, analisado pelo juiz do Tribunal Eclesiástico de Viseu, que pediu a cooperação judiciária na investigação.