A Junta de Freguesia de Viseu está a registar um aumento nos pedidos de ajuda e a culpa, diz a autarquia, é do aumento dos preços. A freguesia apoia atualmente 150 famílias e os pedidos de auxílio estão a crescer, revelou o presidente da Junta, Diamantino Santos, esta quarta-feira (4 de maio).
À margem da apresentação da Semana Solidária, o autarca disse que a Junta está a apoiar as pessoas mais carenciadas “com o pagamento das faturas de água, luz, eletricidade e gás e dos medicamentos”.
“Em casos excecionais, também é dada ajuda nos alimentos, mas deixamos esta questão para as instituições que cooperam connosco como as Cáritas Diocesana e Paroquial. Também são fornecidas roupas, mas temos sentido que começa agora a aumentar a procura”, explicou.
Devido à guerra na Ucrânia e ao aumento do custo de vida, Diamantino Santos não escondeu a preocupação e, por isso, antevê “momentos difíceis”. “Este aumento dos combustíveis fez com que o custo dos alimentos e produtos básicos tivesse subido. A crise energética que aí vem, com preços a disparar, vai também ter uma influência muito grande, além da questão dos refugiados”, disse.
O presidente da Junta de Freguesia de Viseu foi mais longe e disse que a área social “será porventura a nossa maior preocupação no futuro porque o importante são as pessoas e prescindimos de fazer uma obra qualquer para ajudá-las”.
Entretanto, segundo a rede solidária criada em Viseu e que junta instituições como a Câmara, a Associação de Ucranianos e o Instituto Politécnico, Mais de 200 refugiados ucranianos apoiados pela rede solidária de Viseu.
A rede solidária disse ainda que contou com o apoio da Junta de Freguesia no fornecimento de óleo, azeite, farinha, açúcar, guardanapos, papel higiénico, flocos e cereais para crianças e jovens, artigos de higiene pessoal, artigos de higiene íntima para mulher e homem, além de artigos de puericultura.
