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O presidente do Instituto Politécnico de Viseu aplaudiu a a aprovação no parlamento de os politécnicos poderem conferir o grau de doutor a partir do próximo ano letivo, acreditando que irá atrair mais alunos e reforçar a ligação com empresas e instituições em territórios como o de Viseu.
“É fundamental nos podermos outorgar todos os graus académicos, desde as licenciaturas aos mestrados e doutoramentos. Mas a nossa preocupação foi sempre privilegiar a relação com o mundo das instituições. Os doutoramentos são fundamentais no âmbito da pesquisa, de trazer talentos para a região e facilita também a proximidade com as empresas. O sistema binário esta instituído e nós queremos reforçá-lo. Os doutoramentos que queremos realizar são doutoramentos cuja ligação ao mundo das empresas deve estar sempre presente. Para um território como Viseu isto é fundamental”, disse José Costa que considerou o dia de hoje como “histórico” para a valorização do ensino superior em Portugal.
e de poder utilizar a designação de “Polytechnics University”, assim como, em 2024, poderem alterar a sua denominação para Universidades Politécnicas.
Para José Costa, ter a nomenclatura em inglês é “uma questão facilitadora”. “Em alguns países é, por vezes, difícil passar a mensagem que somos uma instituição de ensino superior equivalente às universidades, agora torna-se mais fácil. É fundamental a questão dos doutoramentos porque podemos captar novos estudantes e ter universidade do nome nós sabemos que é muito mais apelativo e mais valia para captar mais alunos internacionais”, reforçou, lembrando que o IPV tem já um corpo docente de 83 por cento de doutorados.
A proposta foi aprovada na Assembleia da República, dando assim resposta a uma ambição do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP). Para a presidente desta entidade, a possibilidade de atribuir o grau de doutor, a presidente do CCIPS considerou ser “muito importante para o país e para muitas regiões que não têm Universidades, sendo por isso uma vitória para o desenvolvimento regional e do país”.
“Vimos esta decisão com muita satisfação porque é o reconhecimento do trabalho que temos vindo a fazer e é a possibilidade de poder fazer mais”, disse à Lusa Maria José Fernandes, acrescentando que os politécnicos “estavam limitados”.
O CCISP entende que esta alteração irá reforçar o papel dos politécnicos “enquanto dinamizadores dos territórios de baixa de densidade demográfica”.
A presidente do CCISP acredita ainda que estas mudanças serão decisivas “na atração de estudantes, na sustentabilidade das instituições, no desenvolvimento das regiões e na competitividade internacional do ensino superior português na sua globalidade”.