A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
Sabia que é possível parecer mais jovem e elegante com os seus…
No segundo episódio do programa “Bem-Vindo a”, tivemos o prazer de conversar…
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Raquel Costa, presidente da JSD Concelhia de Tarouca
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Joaquim Alexandre Rodrigues
Até D. João I, Viseu era uma terra apagada, de pouca importância e vinha depois de Lamego, Guarda e Coimbra. A cidade era uma encruzilhada que levava os viajantes para Trancoso, Guarda, Lamego e Aveiro. O mais relevante de Viseu eram a Sé e os seus bispos. Os castelhanos apareciam por cá para a queimar, saquear e destruir, porque ela manteve a sua lealdade ao Mestre de Avis. O rei retribuiu bem essa lealdade e até lhe criou uma Feira Franca (1392) que acontecia no dia de S. Jorge. Depois das Cortes de Évora, o rei doa ao seu filho Henrique as Terras de Viseu, a Comarca da Beira. Este Henrique começa a mudar o burgo e faz nascer três almoxarifados (Guarda, Viseu, Lamego).
Ficam sob a administração da Casa do Infante, mais tarde Casa de Viseu e que seria a nossa maior Empresa de todos os tempos.
Viseu tem alguns filhos ilustres no seu passado histórico, mas ninguém com a dimensão universal deste Henrique, o Primeiro Duque de Viseu! Infelizmente a Cidade não soube reconhecer, desde os tropeções com a sua estátua, armazenada durante 100 anos, até á não satisfação das suas últimas vontades.
Dois meses antes de morrer, já muito doente em Sagres, deixou escrito a doação da renda da Feira de Viseu ao Cabido da Sé e com isso a incumbência de lhe rezarem uma missa todos os sábados. Uma vez por ano, no Dia de S. Jorge, a missa deveria ser cantada na Capela de S. Jorge que ele fundou em 1436 no lugar da Feira. Deixaram degradar a capela e em 1520 o Bispo disse que já não havia condições para se rezar lá a missa. O Infante foi esquecido, a capela destruída e muito mais tarde o Campo, a Feira e o Dia Municipal passaram a chamar-se S. Mateus e não S. Jorge, o que seria uma homenagem aos homens que mais fizeram por esta cidade.
Estaríamos bem acompanhados e mais cosmopolitas, porque é também o Santo da Inglaterra, Geórgia, Catalunha, Lituânia, Etiópia e de cidades como Londres, Barcelona, Génova, Ferrara e Beirute. Poderia até ser S. Teotónio, o Padroeiro da nossa Cidade, mas S. Mateus?
Também porque esse Henrique nos deixou escrito em francês, no seu túmulo, aquilo que deveria ser o nosso caminho e a nossa missão: Talent de bien faire ( O talento para fazer bem ). Nós tratámos mal o Homem que nos deu a modernidade, o mais ilustre de todos e até entre o fazer e o parecer escolhemos este último! E porquê S. Mateus?
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Raquel Costa, presidente da JSD Concelhia de Tarouca
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Helena Carvalho Pereira
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José Carreira