No coração de Jueus, em Tondela, a Dona Maria leva-nos numa viagem…
O namoro começou às escondidas, junto à fonte, já que os pais…
Não vamos a casa da avó, mas preparem-se para um regresso aos…
por
Teresa Martins
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Jorge Marques
As crianças de São João da Pesqueira estão entre os cerca de 1.200 alunos que vão ter acesso ao ensino da computação neste ano letivo. A iniciativa é do projeto ZER01, desenvolvido pela NOS e pela associação ENSICO, que pela primeira vez envolve professores das escolas.
Depois de um primeiro ano em que 400 alunos do primeiro e segundo ciclos receberam semanalmente aulas de computação, o projeto triplicou o seu impacto.
“A nossa ambição tem vindo a ser cumprida. Até fomos além, porque tínhamos como objetivo chegar aos mil alunos e vamos chegar aos 1.200” neste segundo ano de implementação do projeto, afirmou à agência Lusa o presidente da ENSICO, Luís Neves.
O projeto privilegia a intervenção em zonas geograficamente descentralizadas e com maiores desafios socioeconómicos e, neste ano letivo, abrange 54 turmas do primeiro e segundo ciclos de escolas dos agrupamentos de Arcos de Valdevez, Bragança, Gondomar, Vila do Conde, Mirandela e São João da Pesqueira.
“Estamos, pela primeira vez dentro do nosso plano de ação, a envolver professores das próprias escolas. Temos vindo a criar um programa curricular para que o ensino da computação venha a fazer parte do ensino obrigatório”, avançou Luís Neves.
Segundo o responsável, são “maioritariamente professores do primeiro ciclo e de Matemática, mas também estão envolvidos outros, como, por exemplo, de TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação)”.
“Estamos a validar tudo no terreno. Ao mesmo tempo que estamos a construir (o programa curricular), estamos a validá-lo com alunos, com professores e com as escolas”, acrescentou.
Luís Neves explicou que, depois, “qualquer professor pode, de acordo com aquilo que combinar com o seu conselho diretivo, participar em todo este processo e começar também a dar as aulas”.
“Nós formamos e acompanhamos estes professores no sentido de, mais uma vez, validarmos se tudo isto pode servir para que o projeto venha a ser implementado à escala nacional. E também queremos perceber a própria apetência dos professores”, explicou, sublinhando a adesão e o entusiasmo que estes têm demonstrado.
A ambição do projeto é, no ano letivo de 2024/2025, abranger três mil alunos e, futuramente, ser implementado em todas as escolas do país.
“Terá de passar por uma decisão, que nós esperamos que aconteça a partir de 2025, que envolva o Governo. Nós temos estado a ter conversações, mas ainda há trabalho a fazer”, afirmou o cofundador da ENSICO, associação que defende o ensino da computação para todos os estudantes do ensino básico e secundário.
Luís Neves contou que o ensino da computação está cada vez mais a entrar como oferta complementar das escolas: “foi um passo dado com os conselhos diretivos das escolas e estão a surgir decisões de autarquias”, como Cascais e Porto.
“Tudo isto somado é o que pretende depois ajudar a que seja tomada uma decisão a nível central, governamental, que beneficiará de estar tudo feito, que todo o modelo de escala para cobrir o território nacional esteja validado e testado para que a decisão seja mais simples de tomar”, frisou.
A diretora de Comunicação Corporativa e Responsabilidade Social da NOS, Margarida Nápoles, frisou o “poder do ensino da computação para melhorar desenvolvimento cognitivo das crianças e jovens e para estimular a descoberta de novos interesses e competências”.
“Para a NOS, esta é uma aposta de futuro e por essa razão temos a ambição de continuar a fazer crescer o projeto ZER01, sendo nosso objetivo chegar aos três mil alunos já no próximo ano letivo”, acrescentou.
Segundo a ENSICO, “o pensamento computacional inclui a abstração, a decomposição, o reconhecimento de padrões, a análise de algoritmos e o desenvolvimento de processos, de forma integrada”.
Neste âmbito, contribui “para uma melhor capacidade de aprendizagem de outras matérias fundamentais, como a matemática e a língua portuguesa, e para a melhoria do desempenho escolar dos alunos”.