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Queixas à comida nas escolas continuam, mas há quem diga que já está melhor

 Queixas à comida nas escolas continuam, mas há quem diga que já está melhor
30.04.22
fotografia: Jornal do Centro
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 Queixas à comida nas escolas continuam, mas há quem diga que já está melhor
19.09.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Queixas à comida nas escolas continuam, mas há quem diga que já está melhor

A comida que é servida nas escolas tem sido alvo de várias queixas por parte de alunos e encarregados de educação. Ao Jornal do Centro, alguns pais do Agrupamento de Escolas Grão Vasco, no concelho de Viseu, já haviam mostrado o descontentamento, mas agora são outros estabelecimentos que reclamam da má confeção e pouca quantidade.

“A qualidade é realmente má. Os ingredientes até estão lá, mas a confeção não é boa”, disse Ana Teixeira, presidente da União de Pais Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas Viseu Norte.

A responsável conta que têm sido feitas algumas visitas em horário de refeição e já foi possível encontrar várias situações como “queijo gratinado que era impossível de comer ou batatas cruas”.

“As batatas até posso compreender porque são quantidades grandes e alguma pode estar menos cozinhada, mas há realmente refeições que não são boas”, frisou.

Ana Teixeira critica o facto de a comida não ser confecionada nas escolas, lembrando que houve instituições que sofreram obras.

“As escolas têm cozinhas equipadas, não há razão para as empresas fazerem este serviço, sempre houve cozinheiros nas escolas. Aliás, muitos dos funcionários que estão nessas empresas já estavam nas escolas. E não acredito que fique menos dispendioso com empresa do que terem, por exemplo, duas cozinheiras”, frisou.

Ana Teixeira contou ainda que “na [escola] Viriato só houve passagem este ano, para uma empresa, e o número de refeições reduziu bastante, porque a qualidade se perdeu”.

Agrupamento Grão Vasco relata melhorias
Os encarregados de educação e alunos do Agrupamento de Escolas Grão Vasco são dos que Pais criticam comida de escolas do Agrupamento Grão Vasco. Mas, as coisas parecem ter mudado e para melhor.

“Foram feitas várias visitas, nas diferentes escolas, e a avaliação global foi satisfatória. Tentámos analisar a confeção, quantidade, temperatura e higiene, e depois de apresentarmos as nossas questões prontamente foram solucionados pela empresa e Câmara Municipal de Viseu”, disse Cristina Invêncio, presidente da União das Associações de Pais do Agrupamento de Escolas Grão Vasco.

A responsável explica que a ementa sofreu algumas alterações, “houve redução de pratos de peixe de três dias para dois, um peixe que não era do agrado de todos foi retirado, as quantidades retificadas e sempre que é necessário eles repõe comida e garantem que ninguém fica sem comer”.

Cristina Invêncio disse ainda que “tem havido sempre abertura por parte da empresa e da autarquia, para que estas situações se resolvam”.

Também em Repeses as queixas começam a reduzir. Ao Jornal do Centro um encarregado de educação, que preferiu não se identificar, explicou que, por exemplo, “retiraram algum peixe e carne passada”.

Mas, nem sempre foi assim. “Houve situações de ementa de batatas, peixe e ovo, mas só tinha batatas, não tinha peixe nem ovo. Atualmente, as coisas estão a mudar”, sustentou.

Declarações que vão ao encontro do que a , em reunião de executivo, onde garantiu já terem sido tomadas medidas.

Ao Jornal do Centro, foi também dito que, por vezes, os alunos tentam enganar os encarregados de educação. “Sei de uma situação em que foram os alunos que pediram menos comida, depois mandaram fotos aos pais só para poderem ir comer num café ao lado”.

“Falta também alguma educação alimentar em casa. Há muitos alunos que dizem que não querem a sopa porque não é boa, mas nunca provaram. No caso do peixe, não querem mas não é por estar mau, é porque não gostam de peixe, seja na escola ou em casa”, disse a mesma fonte lembrando que, “apesar de tudo, a escola terá sempre que garantir uma boa confeção das refeições, até porque os pais estão a pagar para isso”.

 Queixas à comida nas escolas continuam, mas há quem diga que já está melhor

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