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A construção da nova unidade de psiquiatria no Centro Hospitalar Tondela-Viseu, ao abrigo do plano de fortalecimento de saúde mental e comtemplado com verbas do PRR, deixará o atual Hospital Psiquiátrico de Abraveses esvaziado de funções, correndo-se o risco de ficar um edifício público, numa localização de excelência, ao abandono ou entregue à especulação imobiliária. Coloca-se a questão, que destino dar a este edifício?
O PCP, dando seguimento ao compromisso assumido com a população e através do seu grupo parlamentar na Assembleia da República, apresentou uma proposta de alteração ao OE2023, em que o governo se compromete a iniciar o processo de Reconverter o Hospital Psiquiátrico de Abraveses num serviço público de cuidados continuados/paliativos. Sabendo o tempo que
demora entre financiamento, projeto e conclusão, este é o momento certo de se iniciar o processo.
A falta de resposta pública na área destes cuidados é por demais evidente na região, justificando plenamente a criação deste serviço. Podendo ainda servir de complementaridade ao Centro Oncológico do Hospital de Viseu.
Ora, uma proposta destas parece ser consensual na sociedade e entre as demais forças políticas. Parece, mas não foi. Foi rejeitada em comissão de especialidade com o voto contra do Partido Socialista, onde, como é óbvio, se incluem os seus deputados eleitos pelo distrito de Viseu, seguramente, mais preocupados com o anúncio do comboio para daqui a 50 anos.
O Partido Comunista Português, mesmo não tendo deputados eleitos pelo círculo eleitoral de Viseu, honra o seu compromisso de defender os interesses da região e continuará, na AR e fora dela, a bater-se por esta e outras medidas que respondem à efectiva e coerente defesa dos interesses das populações. Outros, no “local certo” e eleitos por Viseu, não só não defendem esses interesses, como ainda se opõem a quem o faz.
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Clara Gomes - pediatra no Hospital CUF Viseu
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