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Está marcada para o dia 22 de outubro a leitura do acórdão do julgamento dos suspeitos de uma rede que se dedicava ao furto em habitações e espaços comerciais em várias zonas do país.
O julgamento arrancou no Tribunal de Viseu em maio e esta terça-feira (10 de setembro) foram as alegações finais do processo que envolve 22 arguidos. Só um dos suspeitos soma mais de 100 crimes, entre furto qualificado consumado e tentado, crime de ameaça, crime de detenção de arma proibida e falsificação de documento. Ao todo, são mais de 500 crimes cometidos pelos arguidos.
Tudo começou quando três habitações nos concelhos de São Pedro do Sul e Castro Daire foram assaltadas. Os proprietários apresentaram queixa e a GNR desenvolveu um conjunto de diligências que culminaram um ano depois, em maio de 2023, com a detenção de 15 pessoas (11 homens e quatro mulheres, entre os 22 e 56 anos) e a constituição de vários arguidos.
Apesar do processo ter iniciado em Viseu, no decorrer da investigação as autoridades perceberam que se tratava de uma rede que atuava em vários pontos do país e que, além de casas, assaltava lojas. A rede estava dividida entre os que se dedicavam aos assaltos e os que vendiam os artigos, em vendas online, lojas ou em estabelecimentos de restauração.
A megaoperação, na sequência de uma investigação por furto em residências, estabelecimentos comerciais, furto de veículos, posse ilegal de arma, recetação, falsificação de documentos, ofensas à integridade física, burla, tráfico de armas e tráfico de estupefacientes, aconteceu nos concelhos de Gondomar, Maia, Matosinhos, Paços de Ferreira, Penafiel, Porto, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia.
A ação policial, desencadeada pelo Núcleo de Investigação Criminal do destacamento territorial de Viseu, envolveu cerca de 300 operacionais e contou com o apoio da estrutura de investigação criminal dos Comandos Territoriais de Aveiro, Braga, Bragança, Coimbra, Porto, Viana do Castelo, com o reforço da Unidade de Intervenção, através do Grupo de Intervenção de Operações Especiais (GIOE) e do Grupo de Intervenção de Ordem Pública (GIOP), das Secções Cinotécnicas e do Pelotão de Intervenção Rápida, do Destacamento de Intervenção do Porto e de Aveiro e com a colaboração da Polícia de Segurança Pública, através do Comando Metropolitano do Porto e da Unidade Especial de Polícia, Autoridade Tributária e Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Matosinhos, Paços de Ferreira e Vila Nova de Gaia.