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A Câmara de São Pedro do Sul quer unir os comerciantes da cidade em torno do “Bairro Comercial Digital”, um projeto gratuito que visa digitalizar o comércio tradicional através da criação de um mercado online e que envolve um investimento de 765 mil euros apoiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
A autarquia apresentou a iniciativa aos comerciantes locais, dois anos depois de ter candidatado ao PRR. O vice-presidente Pedro Mouro sublinha que o projeto identificou como possíveis aderentes um total de 146 comerciantes.
A candidatura de São Pedro do Sul foi a mais bem classificada do distrito de Viseu e a quarta melhor a nível nacional. Pedro Mouro diz que isso traz mais responsabilidade e que os comerciantes devem encarar o projeto como uma oportunidade. Segundo o autarca, o “Bairro Comercial Digital” não altera a maneira como os lojistas vendem, mas apenas complementa os negócios.
“Não é preciso ter receio daquilo que poderá ser uma evolução do ponto de vista comercial. Do ponto de vista do município, achamos que é uma forma de podermos ajudar”, sublinhou. Pedro Mouro referiu ainda que, se o projeto correr bem, a autarquia vai tentar alargá-lo a mais zonas do concelho como as Termas ou Santa Cruz da Trapa.
Uma das metas do “Bairro Comercial Digital” é a criação de um mercado online. Segundo o vice-presidente da Câmara, trata-se de uma “plataforma de vendas e reservas” que pretende juntar todos os produtos e serviços vendidos pelas lojas locais. “Para o cabeleireiro, as pessoas podem fazer a reserva online através do marketplace. O cliente pode aceder a todos os produtos, desde que estejam identificados”, exemplificou.
Pedro Mouro revelou que a Câmara tem sido contactada por empresas que querem colaborar no projeto como a Meo, a Nos e os CTT, “porque acreditam que pode fazer a diferença e acham que podemos ser um caso de estudo”.
“Queremos dar um salto em termos digitais, fazendo com que os produtos estivessem sempre no mercado 24 horas por dia e 7 dias por semana. E queremos olhar para os comerciantes e perceber como podemos ajudar às vezes com coisas mais básicas”, acrescentou o autarca, que deu como exemplo o facto de muitas das lojas do comércio local não estarem identificados “nem numa simples pesquisa no Google”.
Outra novidade passa pela colocação de cacifos para que os clientes possam receber os produtos que encomendaram do comércio local. A localização ainda não está definida, mas Pedro Mouro acredita que isso pode facilitar a entrega dos produtos.
O responsável adiantou ainda que a autarquia vai partilhar com os comerciantes várias informações sobre as vendas e a circulação na zona urbana. “Vamos ter acesso a todos os dados e saber quantas pessoas procuraram o bairro, quantas compraram, quais foram os produtos mais procurados e o número de pessoas que andam na rua e entram nas lojas porque é muito importante perceber quais os melhores meses, as alturas em que há menos gente na rua e a melhor altura para fazer campanhas de saldos”, disse.
O vice-presidente da Câmara espera que o projeto consiga unir os comerciantes locais ao ponto de se juntarem numa associação comercial, entidade que atualmente não existe no concelho. “Se conseguíssemos que todos estivessem mais unidos, podemos ter aqui uma associação de comerciantes de São Pedro do Sul com a nossa ajuda”, acredita.
O projeto envolve ainda a instalação de Internet gratuita em todas as ruas abrangidas pelo Bairro Comercial, assim como painéis informativos e mupis digitais para promover o comércio local, além de sensores para monitorizar o movimento de carros. Os comerciantes terão o apoio de uma gestora que irá ajudar na comunicação e nas questões digitais.
“Também queremos criar uma identidade comum para todos os comerciantes, uma marca própria para que todos saibam que fazemos parte do bairro e que este é um bairro único de comerciantes”, revelou Pedro Mouro, acrescentando que a Câmara também quer organizar eventos para atrair mais gente ao centro da cidade.
Por outro lado, o autarca admite que também é preciso melhorar a iluminação das ruas, uma situação que tem merecido muitas críticas que considera “justas”.
Também na apresentação falou a gestora do projeto, Sofia Neves, que pede a colaboração dos comerciantes para concretizar a iniciativa. “Queremos transmitir a ideia de que não devem ter receio porque isto não muda a forma como trabalham e que, pelo menos, deem a oportunidade para, juntos, pensarmos numa estratégia”, disse.
O projeto também conta com a colaboração da Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV). O técnico Rui Almeida disse aos comerciantes que quem não se adaptar para o mundo digital “perde eficiência nas vendas”. O “Bairro Comercial Digital” em São Pedro do Sul vai decorrer até setembro de 2025.