câmara de viseu apoios casas
Câmara de Oliveira de Frades
FAGILDE 9DEZ24 vsfinal APA arrastados
261121083019a9f55af575cc44675655afd52fd8ee0b7e8852f2
221221102816ea5e4a48ad2623f3eea1d59d63cf34ae78d05d1d
140122144234ddd8df4b510d3e43d02babb42d9dd1f2fb699a5c

Antes de renovar o telhado ou substituir as telhas, é essencial tomar…

13.12.24

A Faculdade de Medicina Dentária, da Universidade Católica em Viseu, celebra 5…

13.12.24

Miauuu! Chamaram por mim? Sou a Bella, a gatinha mais fofinha, saltitante…

11.12.24

por
Joaquim Alexandre Rodrigues

 As águas e o almirante

por
Jorge Marques

 Entre o Sistema e a Liderança
Home » Notícias » Colunistas » Sempre espetadores

Sempre espetadores

 Sempre espetadores
12.11.21
partilhar

Não há sistemas perfeitos e a política onde se joga o poder dos humanos é um campo onde mora o melhor e o pior. O atual momento político lembra-me o Coliseu romano. O Imperador confortável na tribuna, os gladiadores lutam para sobreviver, o povo anima a festa e aplaude a crueza dos golpes. Na hora da decisão o povo grita mais alto e o Imperador faz o tradicional gesto do Mata/Vive.

Os tempos mudaram, mas a essência do jogo mantém-se. O povo continua na condição de espetador, mesmo parecendo que vai decidir. Os novos gladiadores são crianças mal comportadas que apontam o dedo uns aos outros e a sua arma é a culpa. Nesta confusão o Imperador põe ordem na luta, escuda-se no povo e diz que vai devolver-lhe a palavra para que ele decida! Tal qual Pilatos!

A partir daqui o jogo fica sem árbitro, os gladiadores lutam e o povo volta á sua condição de espetador. Não se exigirá verdade, respeito, transparência, a política mostra o lado negro. Vão dar-nos informação contraditória, armadilhada, sondagens. Informação não vai faltar, será demais, porque excesso de informação reduz a reflexão. Eles temem que o cidadão possa pensar! Somos uma democracia de espetadores, como no Circo de Roma! O Imperador que decide em caso de exceção fica com o poder absoluto e ninguém o pode julgar. Decide até o que é mais importante para nós, mas sempre a favor do seu protagonismo. Vamos até ouvir falar em consciência tranquila, mesmo sem a sua componente básica que é o sentimento.

Nesta representação há um detalhe perigoso, o poder torna-se tão mais poderoso quanto mais secreto. É o jogo infantil das escondidas, eles brincam enquanto nos amarram aos media e a todo o tipo de manipulação até á hora do voto. Há demasiadas coincidências, meias verdades e o país parece regressar a um tempo de bruxas e adivinhos.
Fica-me a dúvida sobre se tudo isto é democracia, suspensão da democracia ou meros rituais de poder? Ensinaram-me que nas crises e conflitos devemos procurar saber quem ganhou com eles? Aí encontraremos o culpado! Tema da próxima campanha: Onde é que está o Wally/Culpado?

 Sempre espetadores

Jornal do Centro

pub
 Sempre espetadores

Colunistas

Procurar