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André Marinho
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Jorge Marques
Estava na Alemanha quando tive conhecimento da queda do Governo. Este país é uma referência em termos de estabilidade política. A Alemanha teve nos últimos 40 anos dois Chanceleres que ficaram no poder 16 anos cada um sem qualquer suspeita de nada. Não é por acaso que é o motor da economia europeia, sendo, seguramente, a estabilidade das políticas e dos políticos uma das razões para o seu progresso. Também pude constatar o enorme dano reputacional que esta situação de suspeita de corrupção no Governo causou e causará ao nosso país, afetando muito a imagem de Portugal como país europeu, moderno e confiável.
Falta a muitos governantes o sentido de Estado e de Missão, pensando que estão protegidos por alguma impunidade invisível. O nosso sistema político tem de mudar para que sejamos capazes de atrair os melhores para a nossa política, para que possamos escolher melhor quem nos deve governar. A política deve ser uma missão e não um emprego. Felizmente, temos separação de poderes e a justiça parece estar a funcionar e, por isso, resta-nos aguardar que seja célere e justa.
A queda do Governo vai gerar uma desastrosa paragem no nosso país. Não sendo politólogo, é possível antecipar que, havendo a convocação de eleições antecipadas, não teremos novo Governo antes de abril. Seis meses, no mínimo, de paragem, que irão afetar a vida das pessoas e das empresas. É conhecida de todos a situação de crise grave no SNS e na Educação, dois setores chave para o presente e futuro dos Portugueses.
Pelo que me pude informar, se o Governo só for demitido após a aprovação do Orçamento em 29 de novembro, teremos Orçamento de Estado para 2024. Mas, por outro lado, um novo Governo saído de eleições, seja ele qual for, teria de governar com um orçamento alheio, o que poderia levar à sua desresponsabilização política. Por isso, iremos viver em 2024 com duodécimos com atrasos desastrosos em vários domínios.
Para as empresas e todo o tipo de organizações em Portugal o bloqueio acontecerá, com projetos a decorrer e investimentos a realizar que ficarão suspensos, afetando o nosso crescimento e desenvolvimento. Sabemos que teremos um Governo de gestão que apenas fará o trabalho corrente. Por isso precisamos de recuperar a confiança em Portugal, externa e interna, e de ter Sentido de Estado.
Pedimos à Administração Pública que seja capaz de ser rápida e ágil na análise e decisão dos projetos em curso. O PRR, o PT 2030 e o final do PT 2020 devem ter a máxima atenção na sua gestão, para que os impactos na economia sejam minimizados. É caso para dizer que há muito mais na nossa vida para além dos partidos políticos e do Governo. Estes programas em curso vão ter atrasos não previstos na sua execução, não imputáveis aos promotores, que devem ser considerados no seu acompanhamento.
A economia vive da estabilidade e previsibilidade. Pedimos aos responsáveis políticos atuais e futuros é que tenham o sentido de Estado para assegurar a transição de poder e de informação, o mais rápida, transparente e suave possível. Pedimos aos partidos, durante a campanha eleitoral, é que façam as propostas sérias e claras face ao futuro em termos de orçamento e prioridades. Pedimos que, no debate político eleitoral, os partidos não degradem ainda mais a afetada imagem com que Portugal ficou com esta situação de suspeitas de corrupção. Pedimos que nos pós-eleições haja uma solução governativa estável, com um pacto de regime em áreas como a Saúde, Educação, Economia, Fiscalidade e Justiça.
Pedimos ao nosso Presidente da República que, dentro do âmbito da sua influência, pressione a Administração Pública a ser célere nos processos que dela dependem, reduzindo ao mínimo os impactos negativos ocasionados pela irresponsabilidade cívica e política.
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André Marinho
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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José Junqueiro