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A seca teve um impacto direto na produção de castanha em Sernancelhe, onde este fim de semana decorre um evento dedicado a este fruto típico do outono. O primeiro impacto diz respeito à apanha da castanha que está atrasada pelo menos duas semanas em relação ao ano passado.
“Neste momento devido às mudanças climatéricas, a castanha está muito atrasada. Já se comem castanhas e elas estão muito boas, têm muito boa qualidade, mas ninguém se arrisca a dizer qual a quantidade que vamos ter”, afirma João Aguiar, presidente da Associação Empresarial Beira Alta, sediada em Sernancelhe, que representa muitos dos produtores.
É certo que “vai haver perdas”, mas se vão ser “grandes ou pequenas” ainda é cedo para o dizer, afirma ainda o responsável.
“Ao nível de prejuízos temos que esperar. Há uma perda devido ao clima, mas ainda não é quantificável. Noutros anos já tínhamos um cálculo bom do que tínhamos no chão. As castanhas estão a começar a cair, outas ainda estão nos castanheiros, precisamos de uns dias de sol para abrir, vamos ver. Há sítios em que elas ficaram um bocadinho mais pequenas, mas sempre com a mesma qualidade”, acrescenta.
A expectativa entre os produtores é grande. Muitos encontram-se com o “coração apertado” para ver o que vai acontecer nas próximas semanas.
As chuvas dos últimos dias dão novo ânimo ao setor. A precipitação até pode ser boa para os soutos, podendo ajudar a desenvolver as castanhas que ainda estão nos ouriços. O que se espera é que a chuva não venha acompanhada de granizo e trovoada.
Sernancelhe tem cerca de 50 produtores de castanha. Nos últimos anos, segundo João Aguiar, o número de pessoas a apostar neste fruto, dos mais importantes para a economia local, tem aumentado, assim como a área de plantação. O maior produtor tem mais de dois mil castanheiros, que foram plantados em mais de 18 hectares.