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André Marinho
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Jorge Marques
Nota prévia: podia chamar as animálias pelos nomes mas não o vou fazer, não para as poupar, apenas para justificar o título desta prosa.
Um cidadão português chegou há uns anos a Angola, contratado por uma empresa Os meses foram passando e o cidadão foi acumulando salários em atraso, até que não aguentou mais… nem para comer, quanto mais para um bilhete de avião!
Foi a um programa de grande audiência numa TV angolana expor a sua situação – o programa é dado especialmente a estes dramatismos -, mostrando as misérias, as suas e as de quem não lhe pagou o árduo labor a que se deu para o servir. A empresa é, ou era, de angolanos.
Rapidamente surgiram nas redes sociais as mais verrugosas sombras do passado e não faltou quem, angolanos, nas redes sociais, se atirasse ao pobre coitado, português e branco, com fervor revolucionário e evidente selvajaria, clamando mesmo ao Presidente da República para criar condições para que mais portugueses, brancos, se vejam nos mesmos atavilhos, como se de uma espécie de oportunidade de vingança pelos 500 anos de colonialismo se tratasse e não pudesse ser desperdiçada.
Não faltou, é preciso dizê-lo, quem, angolanos, negros, considerasse repugnante este tipo de posições.
O português, humilhado e cabisbaixo, depois de passar pelo programa onde apresentou a sua condição, rapidamente conseguiu o que precisava para regressar a Portugal. A solidariedade foi imediata. E eficaz. Incolor.
O Expresso publicou um texto de opinião de um tipo que diz que o problema dos moçambicanos de Cabo Delgado, província do norte sob ataque continuado há pelo menos dois anos por grupos de radicais islâmicos próximos do “estado islâmico”, é que não estão a ser decapitados por brancos.
A Save the Children, uma ONG global, divulgou um relatório onde garante que crianças e mulheres estão a ser decapitadas em grande número pelos radicais do al-Shabab, que surgiram na região como que por magia quando ali foi descoberta uma das maiores reservas de gás natural do mundo.
O autor do texto no Expresso queria dizer que se fossem brancos, a reacção global contra o al-Shabab seria mais célere e robusta. Tem razão. Seria. Mas a que brancos o indivíduo se refere? Aos brancos da África do Sul? Aos brancos da Rodésia? Da Rodésia do Sul? Da Rodésia do Norte?
O indivíduo vive numa espécie de oleosidade quântica, porque a haver brancos a decapitar negros em Moçambique, estaríamos perante uma guerrilha neocolonialista de filhos e netos de antigos colonos para recolonizar estes territórios… provavelmente portugueses saudosos de Salazar envolvidos com os netos de Ian Smith, de antigos facínoras racistas sul-africanos que mantiveram o apartheid até que Mandela o desfez em 1994, dos que foram derrotados por Sam Nujoma, na Namíbia…
Não vale a pena estar com muitas minudências filosóficas… o racismo é fruto de educação deficiente, de preguiça intelectual…
E nisso, somos todos iguais. O que nos distingue é a boa educação, a que tivemos ou a que procuramos.
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André Marinho
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José Junqueiro