Miauuu! Chamaram por mim? Sou a Bella, a gatinha mais fofinha, saltitante…
A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
O Natal é um momento de união, onde o amor se torna…
por
Carolina Ramalho dos Santos
por
Amnistia Internacional
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
O Tondela vai ser o 26.º estreante em finais da Taça de Portugal em futebol, quando defrontar este domingo, no Estádio Nacional, o FC Porto, na decisão da 82.ª edição da prova.
Os tondelenses atingiram o jogo decisivo ao afastarem nas meias-finais o Mafra, equipa do escalão secundário, depois de já terem deixado pelo caminho Camacha, Leixões, Estoril Praia, único oponente da I Liga, e Rio Ave.
A história dos estreantes em finais começou, obviamente, na edição inaugural (1938/39), com a Académica, ‘histórico’ do futebol português que esta época desceu pela primeira vez ao terceiro escalão, a impor-se ao Benfica, recordista de vitórias na prova, com 26, por 4-3.
Depois, estrearam-se mais 23 equipas, sendo que, só 51 anos depois, em 1989/90, aconteceu o segundo jogo, e ainda último, entre debutantes, no caso o Estrela da Amadora e o Farense, com o conjunto da Reboleira a impor-se num jogo de desempate (2-0).
No que respeita aos 21 embates entre estreantes e não estreantes, só cinco ‘caíram’ para a equipa a cumprir a primeira aparição na final.
O Sporting, já o quarto estreante, em 1940/41, foi o primeiro a consegui-lo, ao impor-se ao Belenenses – que se havia estreado na final anterior – por 4-1.
Seguiu-se uma longa série de equipas que marcaram presença pela primeira vez na final e não conseguirem arrebatar o troféu, mais precisamente oito (Vitória de Guimarães, Vitória de Setúbal, Estoril Praia, Olhanense, Atlético, FC Porto, Torreense e Sporting da Covilhã).
Os ‘dragões’ só cumpriram a primeira presença numa final em 1952/53, tornando-se apenas a 10.ª equipa a consegui-lo, e foram goleados pelo Benfica por inapeláveis 5-0, num embate marcado por um ‘hat-trick’ de Arsénio.
Para encontrar um estreante vencedor foi preciso esperar pela temporada de 1960/61, quando o Leixões, o 13.º estreante, superou o FC Porto (2-0), em final disputada no antigo Estádio das Antas, a casa dos ‘azuis e brancos’.
O Sporting de Braga foi o estreante seguinte, o 14.º, e também deixou marca, ao vencer no jogo decisivo o Vitória de Setúbal por 1-0, na edição de 1965/66 da prova ‘rainha’.
O 15.º conjunto a surgir na final também saiu com o troféu em mãos, quando o Boavista, em 1974/75, superou o Benfica por 2-1, selando o terceiro triunfo seguido para os debutantes.
Daí para a frente, e excetuando o embate de estreantes entre Estrela e Farense, que, uma das duas tinha de ganhar, só por uma vez um estreante se impôs, o Desportivo das Aves, que, de forma muito surpreendente, venceu o Sporting por 2-1, em 2017/18.
Após os falhanços de Rio Ave, Beira-Mar, Marítimo, Campomaiorense, União de Leiria, Paços de Ferreira e Desportivo de Chaves, o Desportivo das Aves, o 25.º estreante, bateu o ‘onze’ de Jorge Jesus, na ressaca do ataque à Academia de Alcochete.
E o Tondela tornou-se em 2021/22 a terceira equipa a atingir a final da Taça de Portugal em futebol na mesma época em que ‘tomba’ da I Liga, sucedendo ao Sporting da Covilhã (1956/57) e ao Beira-Mar (1998/99).
Depois de sete épocas consecutivas entre os ‘grandes’, o Tondela ainda entrou para a 34.ª e derradeira ronda na corrida à manutenção, mas um empate a dois golos na receção ao Boavista custou a queda à Segunda Liga, na qual não estava desde 2014/15.
Sob o comando do espanhol Pako Ayestáran, até à 26.ª jornada, e de Nuno Campos, desde a 27.ª, o conjunto beirão fechou a edição 2021/22 da Primeira Liga com 28 pontos, correspondentes a sete vitórias, sete empates e 20 derrotas (41-67 em golos).
Desta forma, o Tondela é a terceira equipa a jogar uma final depois de ter a descida da I Liga sentenciada, sendo que, agora, o objetivo passa por vencer a final, face ao FC Porto, e conseguir um lugar na fase de grupos da Liga Europa.
A formação de Nuno Campos vai procurar seguir as pisadas do Beira-Mar, que conseguiu tal feito em 1998/99, ao vencer na final o Campomaiorense por 1-0, graças a um golo de Ricardo Sousa, que era o filho do então treinador António Sousa.
No campeonato, a história foi bem diferente, com os aveirenses a ‘tombarem’ na última ronda, ao empatarem a quatro golos no reduto do tranquilo Salgueiros, num jogo em que estiveram a vencer por 1-0, 3-2 e 4-4. O empate valeu o 16.º lugar e a descida.
Face à vitória no Jamor, os aveirenses qualificaram-se, no entanto, e pela primeira vez – e ainda última – para as taças europeias, tendo participado, como equipa do segundo escalão luso, na primeira eliminatória da Taça UEFA em 1999/2000.
O Beira-Mar defrontou os neerlandeses do Vitesse e começou por perder em Aveiro por 2-1, num jogo em que o senegalês Fary apontou o tento da formação lusa, que, depois, viria a empatar a zero em Arnhem, sendo, assim, eliminada da prova.
Em 1956/57, o Sporting da Covilhã viveu uma experiência bem diferente, pois juntou a descida de divisão ao desaire na final da Taça de Portugal, que acabou por ser natural já que apanhou pela frente o Benfica, que vencera o campeonato, com 41 pontos, contra 18 dos serranos, no 13.º e penúltimo posto.
No Estádio Nacional, em 02 de junho de 1957, os comandados do brasileiro Otto Glória selaram a ‘dobradinha’ com golos de Salvador, José Águas e Coluna, este último para selar o 3-1 final, aos 87 minutos, depois de Pires ter reduzido.
O despromovido Tondela defronta neste domingo, pelas 17h15, o campeão nacional FC Porto na final da 82.ª final da Taça de Portugal em futebol, marcada para o Estádio Nacional, em Oeiras, com arbitragem de Rui Costa, da Associação de Futebol do Porto.