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Tarouca assina acordo de luta contra alterações climáticas

 Tarouca assina acordo de luta contra alterações climáticas
17.05.22
fotografia: Jornal do Centro
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 Tarouca assina acordo de luta contra alterações climáticas
15.12.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Tarouca assina acordo de luta contra alterações climáticas

A Câmara de Tarouca assinou, juntamente com outras autarquias e entidades, um compromisso para a mitigação das alterações climáticas no setor da água e a implementação de medidas para a poupança e a proteção da água.

A assinatura foi feita esta terça-feira (17 de maio), em Vila Real. A ação que juntou municípios e entidades gestoras de abastecimento de água da zona norte do país, que assinaram a Declaração de Compromisso para Adaptação e Mitigação das Alterações Climáticas nos Serviços de Águas, num desafio lançado pela Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas.

O documento visa o compromisso de todos os envolvidos na implementação de medidas de adaptação e mitigação, entre as quais se destacam as relacionadas com a economia circular, melhoria da eficiência hídrica e energética, bem como as que visam reduzir a vulnerabilidade atual e futura aos efeitos das alterações climáticas.

O vice-presidente da Câmara de Tarouca, José Damião Melo, frisou que as alterações climáticas “são uma preocupação global” e que o município tinha que assumir este compromisso “de tudo fazer” para mitigar.

“A seca, os incêndios e a falta de água são um problema transversal a todo o Interior e, obviamente, Tarouca também tem preocupações nessa matéria”, apontou, referindo que, localmente, estão a ser feitas ações de sensibilização por causa da falta de água e também ações “no sentido de controlar as perdas que existem nas redes de abastecimento público”.

“Estas entidades estão a tomar consciência de que o problema existe e que vamos ter que encontrar medidas que mitiguem os efeitos dessas alterações climáticas, quer na água para consumo humano quer na água para a nossa agricultura. De uma maneira geral no consumo de água que é um bem essencial e, portanto, temos que o gerir e usar de uma forma o mais racional possível”, afirmou o vereador da Câmara de Vila Real e presidente do conselho de Administração da Águas do Interior Norte (AdIN), Carlos Silva.

Apesar do concelho de Vila Real “não ser muito vulnerável” aos efeitos da seca ou falta de água, Carlos Silva disse que o fenómeno das alterações climáticas “vai ser muito intenso”, pelo que, também, estes problemas se podem vir a sentir aqui.
Pela além de estar a combater as perdas da água da rede pública, a autarquia tem “também o cuidado de não utilizar água da rede na rega dos espaços verdes”.

“Temos que ponderar seriamente fazer algumas alterações de ocupação dos espaços verdes com plantas e vegetação que necessitem de menos água”, salientou Carlos Silva.

Também os municípios de Montalegre, Chaves e Alijó subscreveram o desafio lançado pela APDA, bem como a empresa Águas do Norte.
Montalegre, no norte do distrito de Vila Real, tem sido notícia pela descida do nível da água da albufeira do Alto Rabagão, localmente conhecida como Pisões.

“Era importante o município hoje associar-se a este movimento que começa no Norte a ter alguma expressão. Os municípios são responsáveis pelos abastecimentos de água às populações e este ano está a ser, de facto, difícil. Praticamente não nevou nem choveu em Montalegre e temos o lençol de água dos Pisões que abastece 30 a 40 mil pessoas no Alto Tâmega, com menos 30 metros de água”, referiu o vice-presidente, David Teixeira.

O autarca disse que esta descida “não põe ainda em causa o abastecimento das populações”, mas obriga a tomar outras medidas, como por exemplo, a não produção de energia por parte da EDP.

“É importante também que os municípios se vão preocupando com a qualidade da água e nós temos mais de 100 captações de água espalhadas por todo o concelho”, salientou.
David Teixeira disse que “chegou o momento” de sensibilizar a população local para “mudar hábitos”. “Para não regar com água tratada os jardins, as hortas ou os campos, para não dar de beber aos animais com água tratada”, sustentou.

“Esta declaração é muito mais do que uma chamada de atenção, é um assumir de responsabilidades que nós lançamos para as mais variadas entidades, municípios, associações, instituições públicas e privadas”, afirmou Joana Felício, do conselho diretivo da APDA.

A APDA ja? contactou cerca de 450 entidades para se associarem a esta iniciativa, incluindo o Ministério do Ambiente, e realizará ações de assinatura desta declaração, até 7 de junho, em Castelo Branco, Santarém, Barreiro, Faro, Beja, Porto, Ponta Delgada e Funchal. “Ninguém pode ficar de fora desta missão”, frisou Joana Felício.

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