‘Temos tudo para trazer esta taça para o sítio onde merece ficar, em Portugal’, diz Bruna Morais

Um jogo decisivo entre Portugal e Turquia ambos com uma primeira vitória no primeiro jogo de fase de grupos e a quererem garantir já o apuramento para os oitavos.
Sabendo de antemão que uma vitória dará o primeiro lugar do grupo, pois a Chequia e a Georgia empataram a um golo.

De salientar que Cristiano Ronaldo é o primeiro jogador com a sua sexta presença num campeonato da Europa fazendo mais um marco histórico na sua carreira.
E Pepe tornando-se o jogador mais velho da história num campeonato da Europa com 41 anos de idade.

Relativamente ao onze deixamos de ter uma linha de três centrais e reajustamos com uma linha de 4 defesas, o que me parece mais seguro, no jogo com a Chequia tivemos algumas dificuldades.
Na baliza, Diogo Costa, na linha de 4 defesas Nuno Mendes, Pepe, Rúben Dias e João Cancelo.
No meio campo Bruno Fernandes, João Palhinha e Vítinha.
Na frente de ataque Rafael Leao, Cristiano Ronaldo e Bernardo Silva.

Para mim relativamente ao onze e às escolhas do nosso selecionador Roberto Martinez:
Vitinha está a ser um jogador com bastante influência neste campeonato pelo dinamismo, toque de bola que nos tem presentado, tendo tido esse mérito no primeiro jogo que foi considerado o melhor jogador.
Temos uma defesa exímia, com um pilar muito forte e muito experiente, o Pepe – um verdadeiro Rei e ao seu lado Rúben Dias muito forte e seguro.
Na baliza, Diogo Costa, um guarda redes muito seguro e que dá tranquilidade à equipa.
A entrada de João Palhinha reforçou a equipa pela sua capacidade física e pela sua forma de preencher o campo.
Cristiano Ronaldo, apesar de ainda não ter marcado é uma peça imprescindível, não só pela muita experiência, mas também pela força psicológica que exerce sobre a equipa. É o melhor do mundo.

Nuno Mendes, Bruno Fernandes, João Cancelo e Bernardo Silva, são jogadores muito consistentes, que têm mantido o alto nível de jogo.
A única alteração que fazia seria trocar Rafael Leao por Diogo Jota ou Francisco Conceição.
Com isto atrevo-me a dizer que temos uma das melhores selecções, com muitíssimo potencial, com capacidades de vencer este Campeonato da Europa.

Começámos o jogo com bastante dinâmica, boas trocas de bola, uma boa intensidade, numa fase inicial com a descida de João Palhinha a vir buscar jogo entre os centrais dando abertura nas alas para a subida de Nuno Mendes e João Cancelo de forma a darmos mais profundidade ao jogo.
Ao minuto seis, tivemos um pequeno susto que acabou por não passar disso mesmo um susto, Rafael Leão não acompanhou a marcação e deixou o lateral direito fazer um cruzamento perigoso que acabou por ser cortado pelo Rúben Dias.
Tivemos algumas oportunidades e o golo entrou ao minuto vinte por Bernardo Silva após um cruzamento de Nuno Mendes.
Sempre por cima do jogo acabamos por ser felizes em mais um momento em que Cancelo faz um corte e não combina da melhor maneira com Cristiano Ronaldo, no meio desta descoordenação entre eles, acabamos por fazer o 0.2 em que a Turquia acaba por ser infeliz fazendo um autogolo, após uma desatenção do guarda redes e do central.
Após este golo, a Turquia não baixa os braços e à meia hora de jogo Diogo Costa faz uma excelente defesa após uma boa oportunidade dos turcos.

Ao intervalo Martinez faz duas substituições, Rúben Neves e Pedro Neto, meramente para se precaver dos amarelados, Palhinha e Rafael Leão.
Uma segunda parte com ritmo mais baixo, um bom controlo de jogo, uma maior na troca de bola de forma a gerir o resultado.
Aos 55 minutos Cristiano Ronaldo assiste de forma plena para Bruno Fernandes fazer o terceiro.
Com este resultado ficamos em primeiro lugar do grupo, mesmo tendo o último jogo ainda para disputar com a Geórgia. Vamos com uma segurança o que nos poderá permitir algumas mexidas no onze de forma a darmos oportunidade a outros talentos que temos no banco de suplentes.

A vitória poderia ter sido superior mas a nossa exibição foi muito positiva não só pelo resultado seguro como pela união, pela resiliência, pela vontade e pela segurança da equipa.

Temos tudo para trazer esta taça para o sítio onde merece ficar, em Portugal.
Vamos com tudo Portugal.

Bruna Morais: Jogadora de futsal e futebol, federada há cerca de 15 anos. Vestiu a camisola da Selecção Nacional de futsal e de Futebol, a primeira internacionalização foi aos 16 anos. Tem 31 anos e é chefe de Cozinha em Lisboa. É natural de Castro Daire.