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Pedro Escada
1. À hora em que no parlamento se retorizava sobre o estado da nação, nas praias fluviais da Barragem do Vilar havia muitos putos e graúdos a banhos. Mais haverá no querido mês de Agosto quando chegarem os nossos queridos emigrantes.
Aquela barragem que dá de beber às Terras do Demo está cheia. No ano passado o nível da água esteve a menos de 15%. Um susto. Uma seca terrível. Já lá vai. Agora a albufeira tem água com fartura, nas margens esverdecem os pomares de macieiras.
Não muito longe, o castanheiro monumental de Beira Valente, em Moimenta da Beira, não sai daquele sítio há pelo menos 1300 anos, mas tudo à sua volta está a mexer. Ainda há meia dúzia de anos não havia nada ao derredor daquela árvore magnífica, e agora, casas e pomares, e muros, e trabalho, e progresso, é isso que o povo sabe fazer, nunca desistir, progredir, melhorar o estado da nação.
Como diria Galileu Galilei, o interior, apesar do egoísmo da corte lisboeta, move-se. Eppur si muove.
2. As tabelas de retenção na fonte do IRS foram alteradas. No segundo semestre o ministro Medina vai ser mais frugal, as pessoas vão receber mais uns cobres no fim do mês.
Esta decisão é positiva. Mais algum dinheiro agora significa que, quando forem feitas as contas anuais do IRS, as pessoas poderão receber menos ou até ter de pagar. Embora seja contra-intuitivo, isso é bom. Repare: se tiver que pagar alguma coisa, isso significa que andou com dinheiro do dr. Medina no bolso. Já se receber, isso significa que o dr. Medina andou, todo fagueiro, a gozar durante um ano com dinheiro que é seu.
3. No tempo em que toda a gente lia blogues, o “Blog do Bidé” era muito popular. Nele, o seu bem-humorado autor, Nuno Gervásio, para além de descarregar as “dúvidas existenciais pelo ralo”, explicava, com um notável espírito de síntese, que aquele “vaso sanitário” serve “para abluções íntimas.”
Entretanto, os blogues e os bidés perderam adeptos. As “abluções íntimas” do espírito passaram a ser feitas nas redes sociais (em estrangeiro: Facebook, Instagram, Twitter, Tik Tok, …) e as “abluções íntimas” do corpo em sanitas inteligentes (em estrangeiro: “smart toilets”).
Deve ter sido por isso que o nosso melhor deputado — Carlos Guimarães Pinto, da Iniciativa Liberal —, num discurso notável no parlamento, abludiu a obrigatoriedade de ser posto um bidé em cada casa nova. E também abludiu a obrigatoriedade do dístico do seguro nos nossos pára-brisas.
Esperemos que — água mole em pedra dura… — também consiga, já no próximo orçamento, obrigar o governo a abludir um pouco da nossa encardida carga fiscal.
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Jorge Marques
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Margarida Benedita