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O Tom de Festa – Festival de Músicas do Mundo ACERT começa esta quarta-feira, 9 de julho, e decorre até sábado, dia 12, no jardim da Associação Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT). Na 33.ª edição, o festival apresenta treze concertos com artistas provenientes dos Balcãs, Zimbabué, Cabo Verde, Quénia, Brasil, mundo árabe e Portugal.
“A diversidade não é algo que possamos ignorar, é algo importante e vamos celebrá-la”, afirmou Daniel Nunes, da equipa de programação da ACERT, durante a apresentação do festival. Segundo o responsável, a programação musical do Tom de Festa procura valorizar a diversidade cultural, através de propostas artísticas que cruzam geografias, sonoridades e línguas.
O festival arranca no dia 9 de julho com o coletivo Balklavalhau, que junta referências dos Balcãs e de Portugal, “simbolizando um exemplo da fusão e integração que queremos trabalhar”, disse Daniel Nunes. Na mesma noite, a cantautora portuguesa A Garota Não apresenta o seu novo álbum, Ferry Gold, que “cruza a poesia com a crítica social”.
A 10 de julho, a programação inicia-se com Rita Vian, artista que mistura “o fado, a eletrónica e a poesia urbana”, e apresenta o seu primeiro álbum, SENSOREAL. Segue-se a atuação dos Mokoomba, banda do Zimbabué, que leva a Tondela os ritmos tradicionais africanos com o álbum Tusona: Tracings in the Sand, criado durante a pandemia.
No dia 11, o festival recebe a artista queniana Kasiva Mutua, acompanhada da sua banda. A artista iniciou o seu percurso musical através da percussão, inspirada pelos ritmos que ouvia na infância.
Na mesma noite, tem lugar uma coprodução com o coletivo Gira Sol Azul, de Viseu, que se junta ao músico cabo-verdiano Tito Paris, no âmbito de uma parceria entre o Tom de Festa e o festival Que Jazz É Este?.
A noite termina com El León Pardo, projeto do colombiano Jorge Emilio Pardo Vásquez, que mistura sons ancestrais e eletrónica, acompanhado pela flauta pré-colombiana kuisi. A 12 de julho, último dia do festival, o artista Leo Middea, com raízes brasileiras e portuguesas, apresenta os seus mais recentes trabalhos.
A portuguesa Capicua sobe também ao palco com o espetáculo Um Gelado Antes do Fim do Mundo. Segundo Daniel Nunes, “vamos ouvir o concerto da Capicua, as suas palavras sábias e celebrar a diversidade”.
A noite prolonga-se com Al-Qasar, banda composta por músicos da Turquia, Arménia, França e EUA. O encerramento do festival fica a cargo da DJ e produtora MdM (Maria do Mar), que chega a Portugal após a produção de um festival de música lusófona no Brasil.
Além da programação musical, o Tom de Festa vai contar com atividades paralelas, como uma exposição, o lançamento de um livro e momentos de gastronomia.
A organização do festival destacou também, na apresentação, a importância do envolvimento da comunidade local, incluindo a população imigrante da região. “Procurará que a nossa população imigrante tenha um papel preponderante, de grande participação, em atividades que vamos com ela estudar”, adiantou Daniel Nunes.
José Rui Martins, também da ACERT, sublinhou que o festival pretende ser um espaço de convívio e de encontro entre culturas, não apenas através da música, mas também através de experiências partilhadas entre artistas e público.
O Tom de Festa decorre de 9 a 12 de julho no jardim da ACERT, em Tondela.