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por
Joaquim Alexandre Rodrigues
A Câmara de Tondela apresentou a candidatura do processo de fabrico do Barro Negro de Molelos ao Inventário Nacional de Património Imaterial, anunciou esta terça-feira (20 de junho).
O processo, que começou a ser preparado pela autarquia em março de 2022, chegou “agora ao fim” depois de a louça preta de Molelos ter sido inscrita recentemente no Registo Nacional de Produções Artesanais Tradicionais Certificadas.
“Esta candidatura foi apresentada atendendo à importância que esta atividade tem quer na economia local, quer no fator identitário deste território”, disse a presidente da Câmara, Carla Borges.
“A inserção da louça preta de Molelos no Inventário Nacional de Património Imaterial é condição essencial para preservar o saber fazer desta arte ancestral, ao mesmo tempo que trabalhamos num plano de salvaguarda a 10 anos, que é fundamental para a sua preservação”, acrescentou a autarca, lembrando que as criações em barro negro “são cada vez mais apreciadas”.
Molelos é considerada como a maior comunidade de olaria negra do país e um centro de tradição oleira desde o século XVIII. A louça preta que é produzida lá destaca-se pela sua cor negra, resultante da cozedura redutora (Soenga), pela decoração e pelo brilho das peças.
Na localidade, continuam em atividade sete oleiros, incluindo duas mulheres. Caso a candidatura ao Inventário Nacional de Património Imaterial venha a ser aceite, os artesãos ficarão registados como produtores reconhecidos do produto.
As olarias estão situadas em diversos pontos da freguesia de Molelos, como Machorro, Vela e Raposeiras, onde decorre todos os anos a Soenga, um evento que reconstitui o processo artesanal de cozedura da louça preta.
Além do processo de fabrico do Barro Negro de Molelos, a Câmara de Tondela também apresentou no mês passado a candidatura da Festa das Cruzes, que decorre na zona do Caramulo, ao Inventário Nacional de Património Imaterial.