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por
Joaquim Alexandre Rodrigues
É um ícone da cultura portuguesa e agora pode-se usar com a marca Siza Vieira. O arquiteto criou uma malga simples e prática que transforma toda a experiência de beber vinho e que a Quinta da Pacheca envolve num fio de recordações. A peça já está no mercado e foi apresentada na Quinta da Pacheca para acompanhar o Sousão, o vinho da marca que “escorrega bem” com as características da malga.
Poderia ser uma malga bonita e normal, mas tem a marca do génio: “os espaços para colocar os dedos que não a deixam escorregar e perder-se um bom vinho”.
“Muita gente pensará que esta peça é uma decoração. Não gosto dessa ideia. Fundamentalmente, estes furos existem para que seja mais difícil que ela nos caia das mãos”, explicou o próprio Siza Vieira.
É que para o arquiteto, é importante pensar nos aspetos funcionais. “Fazer uma coisa igual ao que já existe não vale a pena. Penso nos aspetos funcionais, a malga tem de se segurar bem. O processo do desenho está na procura da utilidade do objeto. Malgas há milhões. O processo é o mesmo para qualquer objeto ou casa ou espaço público”.
A malga, que alia a tradição às modernidade das linhas, tem um diâmetro de bordo de aproximadamente 15 centímetros e uma altura de sete centímetros. Tal como a criação, a produção foi cuidadosamente tratada. “Tivemos em atenção o uso de biomateriais de forma a manter as propriedades organolépticas do vinho e a própria malga tem uma ligeira quina para quando se bebe dela o liquido não escorregar para a parte de fora”, contou Paulo Soares, CEO da Villacer, empresa que produziu esta peça.
A ideia de criar uma malga que reinventasse a tradição secular de beber vinho nesta tipo de peça foi um desafio dos proprietários da Quinta da Pacheca que com esta iniciativa reforçam o compromisso da preservação e divulgação do património nacional. “Buscamos incessantemente perpetuar a autenticidade do que é genuinamente português, seja através dos nossos programas de enoturimso, seja em cada iniciativa que fazemos”, salientou Paulo Pereira, sócio da marca.
Para o empresário, a experiência de beber vinho numa malga “ajuda a puxar pelo fio de recordações e é uma forma de nos conectarmos com as tradições ancestrais, proporcionando uma viagem pelas memórias e um vislumbre da rica história portuguesa”.
“É um brinde que fazemos ao que é nosso, juntando uma peça tradicional e o nome maior da nossa criação que é o arquiteto Siza Vieira”, acrescentou Paulo Pereira.
As origens da malga remontam à Idade, altura em que era um objeto obrigatório em qualquer lar. No que ao vinho diz respeito, e graças à amplitude da sua calota, a malga permite uma libertação total dos aromas e, ao mesmo tempo, contemplar as tonalidades que tingem o branco do envidrado.
A malga (14,95 euros) vai estar à venda em algumas garrafeiras de Portugal. A Quinta da Pacheca disponibiliza um conjunto com duas malgas e package da empresa (29,90 euros).