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O projeto ZABRA, um Centro de Investigação de Arte Pós-Humana, dá início a um ciclo de performances no Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, que exploram a interseção entre arte, tecnologia e ciência. Com um total de quatro apresentações previstas – duas este ano e duas em 2025 – o ciclo traz ao público uma reflexão sobre a relação entre o corpo humano e a sua extensão nas máquinas.
A primeira performance, Echos from a Liquid Memory, da artista Carincur, acontece nos dias 27 e 28 de setembro, e abre o programa com uma obra que combina música, tecnologia e uma forte componente visual. A peça vai ser apresentada num aquário de dois metros por dois, onde a artista, submersa, utiliza hidrofones e outros dispositivos tecnológicos para explorar os sons subaquáticos, onde acaba por criar um concerto imersivo e peculiar. “A água é um elemento desta investigação e, com a tecnologia, retiramos o máximo proveito do som dentro de água”, explica ao Jornal do Centro João Pedro Fonseca, diretor do ZABRA.
É a primeira vez que o ZABRA apresenta o seu trabalho no Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, embora o Centro circule frequentemente com produções nacionais e internacionais. O foco das peças é a fusão entre o humano e o tecnológico, sempre com uma preocupação em tornar a tecnologia acessível e compreensível ao público. “O que pretendemos é aproximar o uso da tecnologia para ampliar ainda mais a nossa essência humana”, comenta João Pedro Fonseca, que salienta que o objetivo é desmistificar o estigma em torno da tecnologia e mostrar como esta pode ser uma ferramenta poderosa e criativa.
Em dezembro, será a vez do próprio João Pedro Fonseca subir ao palco com a performance Wired Dreams, onde estará suspenso no ar, enquanto máquinas assumem o protagonismo. Segundo o artista, a peça explora o papel da tecnologia como uma extensão do corpo humano, num ambiente onde o movimento é gerado exclusivamente pelas máquinas.
O ciclo de ZABRA continua em 2025, com duas performances de artistas residentes no centro. Uma delas inclui a investigação de Lua Carreira, que utiliza sensores nas mãos para criar música através do movimento no ar. Estas apresentações serão um testemunho da evolução do projeto ZABRA, que se posiciona na vanguarda da arte contemporânea, cruza fronteiras entre disciplinas, e promove uma nova visão sobre o papel da tecnologia no quotidiano humano.
Com uma abordagem transdisciplinar, este projeto está a construir uma comunidade artística onde a tecnologia e a ciência se cruzam com a criação artística, e promovem um acesso mais democrático à arte. O ciclo em Lamego é uma oportunidade única para o público entrar em contacto com estas novas formas de expressão e refletir sobre o impacto das máquinas e das novas tecnologias na sociedade e na nossa perceção do corpo e da realidade.