mosteiro são joão de tarouca
Diretora geral irmã São Ferreira Pinto e diretora pedagógica Paula Martins do Colégio da Imaculada Conceição
469193553_18252041584275920_1724886498220933613_n
261121083019a9f55af575cc44675655afd52fd8ee0b7e8852f2
221221102816ea5e4a48ad2623f3eea1d59d63cf34ae78d05d1d
140122144234ddd8df4b510d3e43d02babb42d9dd1f2fb699a5c

Miauuu! Chamaram por mim? Sou a Bella, a gatinha mais fofinha, saltitante…

11.12.24

A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…

09.12.24

O Natal é um momento de união, onde o amor se torna…

06.12.24
Abertura loja Antiqva - Viseu_-7
api days mangualde
vista_alegre
Home » Notícias » Diário » Único pastor transumante de Gouveia guarda 500 ovelhas no verão na serra da Estrela

Único pastor transumante de Gouveia guarda 500 ovelhas no verão na serra da Estrela

 Único pastor transumante de Gouveia guarda 500 ovelhas no verão na serra da Estrela
11.08.24
fotografia: Jornal do Centro
partilhar
 Único pastor transumante de Gouveia guarda 500 ovelhas no verão na serra da Estrela
12.12.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Único pastor transumante de Gouveia guarda 500 ovelhas no verão na serra da Estrela

Com 60 anos, Joaquim Marvão é o único pastor transumante do concelho de Gouveia, no distrito da Guarda, guardião de cerca de 500 ovelhas bordaleiras na serra da Estrela nos meses de julho e agosto.

O pastor de Vila Nova de Tazem mantém a tradição da transumância, com a deslocação sazonal dos rebanhos para a serra, recriando os hábitos que aprendeu na família. É um ciclo que repete há 40 anos.

“Vinha com o meu pai e outras pessoas. Antigamente, era mais fácil. Vinha mais gente. Cheguei a trazer mais de mil ovelhas”, contou à agência Lusa Joaquim Marvão enquanto guardava as ovelhas na zona do Vale do Rossim, na serra da Estrela, a mais de 1.400 metros de altitude.

“Lá em baixo estava tudo ocupado. A serra era apetitosa. A terra estava toda limpinha”, recorda. Hoje, o cenário é bem diferente, aponta o pastor, olhando em redor.

“Há pastos porque os faço eu. Se não limpasse, estava tudo cheio de mato”, atira Joaquim Marvão, não escondendo a mágoa de ver “a serra abandonada”.

Nos primeiros meses do ano, o pastor sobe a serra para preparar os terrenos e fazer sementeiras de cereais nas terras dos Baldios para que no verão possa haver alimento para o gado.

O pastor gostava de ver a serra tratada e não entregue às giestas. “Se todos fizessem o que eu faço, não havia incêndios”, atesta.

Este ano, subiu a serra no início de julho com quatro rebanhos de ovelhas bordaleiras e algumas cabras, indo ao encontro dos pastos mais nutritivos, benéficos para os animais e para a produção de leite.

Trouxe os seus animais e mais três rebanhos de familiares. O gado está identificado com as iniciais dos seus proprietários para se poderem distinguir.

É na Estrela que passa os dias e as noites na companhia das ovelhas e dos seus cães, o Mondego, o Fiel, o Farrusco, o Negro e o Piloto.

Para dormir, abriga-se numa caravana e tem consigo uma velha motorizada para curtas deslocações.

Na hora de almoço, enquanto as ovelhas estão acoitadas à sombra das giestas, Joaquim Marvão vai até ao Mondeguinho, ponto de paragem turística que assinala a nascente do rio Mondego, para comer qualquer coisa no quiosque à beira da estrada.

Ao jantar, diz que passa com qualquer coisa. “Vou até ao Sabugueiro se for preciso. Cá me desenrasco”, descreve.

Joaquim Marvão usa casaco e colete tradicionais feitos com a lã das ovelhas e anda sempre de cajado na mão. “As ovelhas têm de saber quem manda. Tenho uma coleção de cajados, uns que faço e outros que me oferecem”.

Durante a noite, os animais ficam nas proximidades dos aposentos de Joaquim Marvão sem qualquer vedação.

Quando o dia desponta, as ovelhas dão sinal que é hora de ir para o pasto. “Hoje, eram seis menos dez quando se puseram a andar. Eu já estava acordado, mas tive de me pôr de pé”, relata o pastor.

Passam algumas horas no pasto e quando o sol aperta recolhem à sombra, para voltar ao campo no final da tarde. As tarefas terminam por volta das 21:30.

Joaquim Marvão não reclama da rotina, só se queixa dos javalis que têm feito estragos nas sementeiras e lamenta que as autoridades não façam controlo da espécie.

O pastor de Vila Nova de Tazem admite que é uma temporada cansativa, mas não tem intenções de deixar a tradição. “Se houver saúde, não estou com vontade de desistir. Mas convençam-se de que a transumância vai acabar porque os mais novos não querem pegar nisto”.

Joaquim Marvão desce com os rebanhos no dia 18 de agosto com ajuda de outros pastores que virão ao seu encontro num percurso que pode ser acompanhado por visitantes, numa iniciativa da Câmara Municipal de Gouveia.

 Único pastor transumante de Gouveia guarda 500 ovelhas no verão na serra da Estrela

Outras notícias

pub
 Único pastor transumante de Gouveia guarda 500 ovelhas no verão na serra da Estrela

Notícias relacionadas

Procurar