Um mercado com personagens vestidos a rigor, pregões, artigos agrícolas, produtos e gastronomia típica e muito mais é o que vão poder encontrar todos aqueles que este domingo (12 de março) se deslocarem até Santa Cruz, no concelho de Armamar.
Uma verdadeira viagem no tempo onde a proposta é recuar um século para fazer uma reconstituição histórica daquela que é a feira mais antiga do concelho e a mais antiga em honra do S. Gregório.
A Feira Agrícola de São Gregório é um evento anual que remonta ao séc. XII e que é motivo de grande orgulho para as gentes da terra. Por isso, como forma de retratar esta tradição o mais próximo do que era há 100 anos, a Universidade Sénior de Armamar, em articulação com outras coletividades do município, decidiu promover uma reconstituição histórica, durante a edição deste ano.
“A ideia é fazer uma viagem no tempo, recuando um século, para mostrar como era aquela feira, incluindo um mercado antigo, retratando as vestes, os pregões, os ofícios, os artigos e produtos que se vendiam à época, assim como a gastronomia típica”, explicam os responsáveis.
Assim, através do grupo etnográfico Roga Pró Doiro, da Universidade Sénior, vai ser recriado “um quadro do comércio local de época, para perpetuar as tradições rústicas e plebeias conhecidas, numa envolvente que dinamiza o trabalho interassociativo no município de Armamar”.
Com esta iniciativa espera-se que os visitantes possam “participar e conhecer o que se sabe de memórias ancestrais, do que era a Feira de São Gregório há cem anos”.
E claro, seria impossível falar da Feira de São Gregório sem fazer menção às tradicionais falachas, um doce feito com farinha de castanha. Na altura, uma das principais fontes de rendimento agrícola em toda a freguesia de Santa Cruz era o cultivo de castanheiros e a produção de castanha. Atualmente, os soitos ainda existem mas em menor quantidade.
Além da feira, há toda a parte religiosa, marcada pela romaria à capela de São Gregório, outra tradição antiga e que continuam a manter viva.