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Clara Gomes - pediatra no Hospital CUF Viseu
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Joaquim Alexandre Rodrigues
As varizes são mais que um problema estético. Se não forem tratadas atempadamente podem trazer complicações. Fique a saber mais sobre este problema de saúde comum e quais os tratamentos que existem atualmente.
Varizes são dilatações e tortuosidades das veias superficiais dos membros, que surgem como resultado da disfunção das válvulas presentes no interior das veias, as quais permitem o fluxo do sangue no sentido ascendente e das veias superficiais para as profundas, mas impedem o refluxo (descendente, e da profundidade para a superfície). São extremamente frequentes na população activa, atingem predominantemente o género feminino, e integram uma entidade mais vasta designada insuficiência venosa crónica. Esta última abrange um largo espectro de apresentações, que vão desde os “raios” ou “derrames” de importância essencialmente estética, passando pelas varizes, até às suas complicações tardias tais como as alterações da pele e a úlcera venosa.
Sendo alterações objectivas visíveis, podem ou não acompanhar-se de queixas, que vão desde cansaço, mal estar, prurido, tensão, até à dor, não havendo nas varizes um paralelo entre as queixas referidas pelo doente e a gravidade objectiva das mesmas.
Assim, todas as dilatações venosas dos membros, ou qualquer queixa que faça pensar em insuficiência venosa crónica, deve ser avaliada por um especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular. Conforme referido anteriormente, para além do que é visível, há que descartar potenciais alterações internas, que podem já existir antes de surgirem varizes visíveis externamente. Esta avaliação é realizada habitualmente por EcoDoppler, um exame não invasivo baseado em ultrassons, que permite não só a visualização das veias (se estão permeáveis, se têm trombos, se estão espessadas), mas também ver o sentido do fluxo do sangue no interior das mesmas e assim detectar possíveis refluxos.
Sendo os “raios ou derrames” um problema estético que implicam tratamento opcional, as varizes são por outro lado um problema funcional importante, que exige quase sempre tratamento atempado, antes das suas potenciais complicações, sendo as mais frequentes a formação de trombos (trombose venosa, tromboflebite, embolia pulmonar), e as alterações cutâneas (pigmentação, atrofia, ulceração). Assim, a não existência de sintomas, não é razão para não tratar precocemente.
O tratamento das varizes compreende uma gama de acções, que vão desde medidas higieno-dietéticas (controlo de peso, exercício regular, meias elásticas, massagem), passando pelos medicamentos venoactivos, até à escleroterapia e à cirurgia. Esta última sofreu imensos avanços, sendo hoje uma cirurgia minimamente invasiva, sem dor pós-operatória significativa e de rápida recuperação. Para além da cirurgia minimamente invasiva das varizes através de incisões milimétricas e de pequenos furos, dispomos de métodos de ablação endovenosa pelo calor (laser, radiofrequência, vapor de água) ou por cola. Estes diversos métodos cirúrgicos têm, contudo, indicações precisas, complementando-se frequentemente, sendo a cirurgia de varizes uma cirurgia “à medida” do doente, e não uma cirurgia igual para todos, de modo a evitar de forma simples, as complicações desta doença que é sempre evolutiva e potencialmente incapacitante. Aconselhe-se com o seu médico.
Arlindo Matos, Cirurgião Vascular no Hospital CUF Viseu
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Clara Gomes - pediatra no Hospital CUF Viseu
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Pedro Escada
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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