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“Nada como um belo RT de um conteúdo chegófilo, com o comentário ‘estes gajos são do pior’, para gerar de imediato uma onda de likes e de shares e de comentários.”
M. João Nogueira, Joanasnuts, 28 de Janeiro
“O Ventura vive dos medos alheios, o seu centro é oco.”
António Cabrita, Hoje Macau, 29 de Janeiro
“Comigo a presidente do CDS, chega de falar do Chega.”
Adolfo Mesquita Nunes, Expresso, 30 de Janeiro
1. André Ventura soube aproveitar os quinze meses que decorreram entre a sua eleição à tangente nas legislativas de Outubro de 2019 e as presidenciais de 24 de Janeiro, onde alcançou um resultado de dois dígitos.
Muito deste reforço eleitoral deve-se ao activismo da esquerda identitária que, perante toda e qualquer provocação do líder do Chega, avança logo para as redes sociais a arrepelar os cabelos com o velho e relho “vem-aí-o-fachismo!”
Cãezinhos de Pavlov sempre a salivarem, sempre a reforçarem o algoritmo do homem.
Durante aqueles quinze meses, para além das guerras culturais nas redes sociais, houve também muita falta de profissionalismo na comunicação social. Jornalistas há que preferem dar sermões enviesados ao povo, em vez de noticiarem factos sobre aquele partido da direita identitária.
Este caldo comunicacional tem ajudado André Ventura, um político vazio por dentro, que muda de programa político como quem muda de camisa. O deputado do Chega tem aproveitado os medos e os fantasmas da esquerda identitária (que gravita na órbitra do Bloco e dos pedronunistas do PS) e tem feito gato-sapato da direita tradicional (onde pontificam a inconsistência de Rui Rio e o neo-ruralismo de Chicão).
2. O pedido de ilegalização do Chega, feito por Ana Gomes logo depois da campanha das presidenciais, é muito problemático em termos jurídicos e é fátuo em termos políticos.
A constituição, no seu artigo 46º, diz que “não são consentidas associações armadas nem de tipo militar, militarizadas ou paramilitares, nem organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista.”
Ora, evidentemente, o Chega não é uma organização militar, nem militarizada, nem paramilitar. Provar-se que ele perfilha a ideologia fascista é tarefa impossível também. Resta a Ana Gomes agarrar-se às proferições cheguistas contra os ciganos e, com elas, tentar convencer o Tribunal Constitucional de que aquele partido é uma organização racista. É tudo menos fácil.
Deixadas as razões jurídicas, fiquemo-nos pelas políticas. Há alguma vantagem para o país em ilegalizar o Chega, dar aos seus militantes e votantes esse capital de queixa, de vitimização?
Fechava-se aquele partido, e depois? Maltinha da esquerda proibicionista, achais mesmo que aquelas pessoas se forem varridas para debaixo do tapete ficam lá quietinhas?
Por exemplo, o Bloco Flamengo, depois de ter sido abatido em tribunal em 2004, renasceu com o nome de Interesse Flamengo, mudou o grafismo de cor-de-laranja para amarelo, e nas eleições seguintes aumentou a votação.
De onde virá este simplicismo ingénuo que acha que basta carregar num botão para um problema político se desvanecer no ar?
Penso que esta miopia tem duas causas:
– quem vive mergulhado no fluxo noticioso, como é o caso dos políticos, vive num presente cada vez mais estreito, sem memória e sem capacidade de previsão do futuro;
– quem vive mergulhado na sua bolha das redes sociais, acaba a julgar que o mundo funciona como elas, que basta “bloquear” o que lhe é desagradável e este desaparece para sempre.
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