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Viseu recupera antigo edifício da Universidade Católica para acolher empresas

Investimento ronda os 905 mil euros e faz parte de um projeto inter-regional que também envolve Coimbra e Leiria e que quer atrair empresas intensivas em conhecimento

 Viseu recupera antigo edifício da Universidade Católica para acolher empresas
12.09.24
fotografia: Jornal do Centro
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 Viseu recupera antigo edifício da Universidade Católica para acolher empresas
03.10.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Viseu recupera antigo edifício da Universidade Católica para acolher empresas

A Câmara de Viseu quer transformar um antigo edifício da Universidade Católica num espaço para acolhimento de empresas no início da atividade. O investimento ronda os 905 mil euros e faz parte de um projeto que também envolve Coimbra e Leiria.

As três regiões querem criar uma rede urbana intrarregional para atrair empresas intensivas em conhecimento e novos residentes.

O projeto, que terá um investimento de 5,8 milhões de euros e um apoio comunitário de cinco milhões de euros, é liderado pela Câmara de Coimbra e integra outros cinco municípios (Viseu, Cantanhede, Oliveira do Hospital, Penacova e Marinha Grande), a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, a Universidade de Coimbra, o Instituto Politécnico de Coimbra, o Instituto Pedro Nunes (IPN) e o iParque.

A iniciativa, apresentada esta quarta-feira (11 de setembro) na Câmara de Coimbra, prevê investimentos de todos os municípios e entidades envolvidas, que tanto se centram na criação de condições materiais e imateriais para acolhimento de novas empresas, nomeadamente na comunicação dos três eixos regionais envolvidos (Viseu, Leiria e Coimbra), um diagnóstico das necessidades das empresas e programas de capacitação e promoção internacional.

Na região de Coimbra, está prevista a criação de um espaço de acolhimento para investidores num edifício municipal em Coimbra (investimento de 126 mil euros), a duplicação da capacidade do edifício Da Vinci do iParque para acolhimento de empresas (500 mil euros), refuncionalizar um edifício em Cantanhede para se tornar num espaço de apoio ao ecossistema empresarial (773 mil euros), a transformação de um espaço da antiga Faculdade de Medicina de Coimbra para acolher ‘spin offs’ e empresas (500 mil euros), a transformação da antiga cadeia de Oliveira do Hospital numa incubadora e aceleradora de empresas (823 mil euros) e a refuncionalização de uma antiga escola em Penacova para acolhimento de empresas.

A autarquia de Marinha Grande prevê fazer uma intervenção no Centro Empresarial para ter uma estrutura dedicada à promoção de projetos e redes de inovação (590 mil euros). Já o Politécnico de Coimbra estará responsável por fazer uma espécie de diagnóstico das necessidades das empresas na região e consequente programa de capacitação.

O projeto contempla ainda verbas para ações de promoção do trabalho em rede, eventos e comunicação, bem como a presença em eventos internacionais, para captação de empresas, operação que estará a cargo do IPN.

O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, destacou a importância da “conjugação de esforços, vontades e competências deste eixo Coimbra-Leiria-Viseu”.

“O projeto une três CIM [comunidades intermunicipais]. Isso é extraordinariamente relevante e demonstra a capacidade de se trabalhar em conjunto”, salientou o autarca, considerando que o projeto, apesar de não ser “milionário”, marca “um ponto de viragem no município”, ao envolver a região.

Ana Alves Monteiro, vice-presidente da Câmara da Marinha Grande e também em representação da CIM da Região de Leiria, destacou igualmente a necessidade de se “consolidar um processo de desenvolvimento” que abranja a região.

Na sessão, estiveram presentes as restantes entidades envolvidas no projeto (à exceção do município de Viseu), com todos os seus representantes a destacar a importância de se trabalhar em rede, nomeadamente numa iniciativa que procura atrair para a região empresas e trabalhadores qualificados.

A bioeconomia, as tecnologias digitais, a engenharia, a saúde, o espaço e o turismo estão entre as áreas que serão uma aposta do projeto.

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