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O festival ZigurFest vai voltar a Lamego de 31 de julho a 2 de agosto, com uma programação que terá em consideração valores de inclusão, representatividade, igualdade, respeito e solidariedade.
“Nunca escondemos a crença no poder transformador da arte, não fugimos à imaginação e abraçamos todas as visões com a mesma força. É por isso que valores como inclusão, representatividade, igualdade, respeito e solidariedade são matrizes essenciais do nosso pensamento e têm reflexo direto na programação”, justificou a organização, em comunicado.
Segundo a organização, este ano, tal como no início do festival, em 2011, impera “a vontade de transformar Lamego em tantos palcos quantos sejam precisos para que a expressão artística possa ser verdadeiramente livre”, para uma “cultura sem espartilhos, seja onde for, custe o que custar”.
O ZigurFest arrancará em Cambres, “com a pop sonhadora de Evaya (num concerto interpretado em Língua Gestual Portuguesa), o punk a sete vozes das Amijas e a apresentação da residência de Jerry The Cat com a Banda Marcial de Cambres”, avançou.
O festival voltará também a ocupar o Bairro da Ponte “para duas tardes de comunhão banhadas pelo rio e pela música de Van Der, I’A’V (trio de Inês Malheiro, Violeta Azevedo e Arianna Casellas), Paulo Vicente 4tet (com Joana Guerra, Luís Vicente e Jerry the Cat) e Just Fish”.
A organização promete agitar a Rua da Olaria com “o hardcore dos Ideal Victim, a fusão dos Deambula e a eletrónica de Spitbender”.
O festival terminará na alameda, “com o hip-hop aguçado de Rafeiro (também em Língua Gestual Portuguesa), as palavras de ordem da Banda de Call Center e o afrofuturismo misterioso de Fidju Kitxora”.
Durante os três dias do festival, o coletivo Furor Iminente desenvolverá um ‘workshop’ de criação musical “inspirado nas ruas e espaços da cidade como locais de encontro, história e identidade”, destinado a qualquer pessoa que goste de música, sem serem necessários conhecimentos musicais prévios.
A cidade de Lamego voltará a contar com a ZIGUR.FM, um “espaço laboratorial e intergeracional de cariz efémero”, aberto a todos que queiram “conhecer a realidade por detrás do éter durante os dias do festival”. São também aceites submissões de programas de todo o país.
O festival, que terá entrada gratuita, contará com posters, merchandise e outros elementos gráficos criados a partir de peças assinadas pelos utentes da Associação Portas Prá Vida. Estes utentes estarão em residência artística com Bernardo Álvares e a artista plástica Oro Íris.
“Desta residência – que em 2023 originou a Tribo Improviso e em 2024 nos deu o filme ‘Os Focados da Vida Leve’ – irá sair ainda uma exposição que reúne os melhores trabalhos desenvolvidos neste período”, anunciou a organização.
Haverá também “uma colaboração inédita entre o lendário músico e produtor Jerry The Cat – residente em Portugal há quase duas décadas e com percurso feito em linguagens que vão do jazz ao funk, do blues à disco, do rock à eletrónica – e a centenária Banda Marcial de Cambres”.
Já a designer de luz lamecense Cárin Geada e a coreógrafa Cristina Planas Leitão terão “carta branca” para ocuparem o Teatro Ribeiro Conceição com uma peça em que “a performance será também um ato de resistência, reflexão e afeto”.