Taxa de criminalidade sobe em Mangualde e Moimenta da Beira e desce em Viseu

Mangualde e Moimenta da Beira surgem, em 2024, como os dois municípios do distrito de Viseu com as taxas de criminalidade mais elevadas, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A análise baseia-se na taxa por mil habitantes. O município de Viseu, capital de distrito, registou uma descida da criminalidade em 2024 face ao ano anterior, no número total de ocorrências registadas pelas autoridades.

A criminalidade contra o património continua a representar a fatia mais significativa das infrações cometidas na região. Nesta categoria inserem-se crimes como roubos, furtos, burlas e extorsão, que afetam tanto espaços comerciais como habitações e cidadãos em espaço público. Logo a seguir, destacam-se os crimes contra a integridade física, sobretudo agressões e ofensas corporais, seguidos pelos crimes relacionados com a condução sob o efeito de álcool.

No extremo oposto da tabela, Sernancelhe apresenta-se como o município com a menor taxa de criminalidade do distrito. 

Em 2024, os únicos registos de furtos por esticão no distrito de Viseu ocorreram nos concelhos de Viseu e Santa Comba Dão, segundo os dados oficiais.

Já o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) indicava uma diminuição na criminalidade geral no distrito de Viseu comparado com 2023, com os dados a apontarem, contudo, para um aumento dos crimes de violação e extorsão sexual como as tipologias mais participados , mas no que diz respeito à criminalidade violenta.

Ainda na criminalidade violenta, que baixou comparativamente a 2023, houve 15 casos reportados de violação e 25 de extorsão sexual associados ao uso das redes sociais. Foram também registados 19 crimes de roubo por esticão e 41 roubos na via pública. Já no crime por resistência e coação sobre alguém foram reportados 56 casos. 

No que se refere à criminalidade geral, a condução com álcool aparece com o maior número de participações (916), seguindo-se a violência doméstica (813). As ofensas à integridade física e a ameaça e coação têm, também, um significativo número de casos (cerca de 600).

Para o presidente da Câmara, a cooperação e empenho das forças de segurança e agentes de Proteção Civil na segurança e bem-estar da comunidade é o resultado dos números agora divulgados.

“Os números estão à vista. Percentualmente, podem não ter uma enorme expressão, mas para nós traduzem um trabalho consistente, empenhado e concertado das nossas Forças de Segurança – PSP, GNR e Polícia Municipal – e agentes de Proteção Civil, aos quais gostaria de expressar, publicamente, o meu reconhecimento e agradecimento. São eles os responsáveis por garantir que a “Melhor Cidade para Viver” continua a destacar-se pelos seus padrões de segurança e bem-estar”, destacou Fernando Ruas. “Uma palavra de igual agradecimento aos cidadãos, cuja boa conduta e civismo contribui também para que este seja um concelho seguro”, sublinhou o autarca.

O presidente da Câmara recordou o investimento previsto na implementação dos sistemas de videovigilância em Viseu, nomeadamente em zonas críticas como o Centro Histórico e Jugueiros. “Com a concretização deste projeto, Viseu beneficiará de mais e melhores mecanismos e ferramentas que possibilitarão complementar e apoiar as Forças de Segurança no seu trabalho diário, quer a nível preventivo como na fiscalização e atuação no terreno. É certo que este auxílio tecnológico permitirá uma melhor otimização e operacionalização de recursos, que em tudo beneficiará a segurança do concelho e da comunidade”.