Ana de Castro Osório nasceu há 150 anos. Mangualde prepara comemorações

A Câmara de Mangualde irá assinalar o 150.º aniversário do nascimento de Ana de Castro Osório com um programa recheado de atividades.

As comemorações do aniversário da escritora, pedagoga e ativista feminista e republicana natural do concelho estão agendadas para 17 e 18 de junho, na Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves e na Casa de Ana de Castro Osório, que acolhem diversas iniciativas, todas de entrada livre.

A programação tem início marcado para o dia 17, na Biblioteca Municipal, com uma oficina de exploração de contos dinamizada por Fátima Ribeiro de Medeiros, que decorrerá a partir das 10h00.

Já durante a noite, na Casa de Ana de Castro Osório, pelas 21h00, terá lugar a abertura das celebrações, seguida de uma sessão de estórias com Raquel Osório de Castro e várias iniciativas culturais protagonizadas por alunos do Agrupamento de Escolas, incluindo a leitura encenada “O Porqueiro”, o teatro de sombras “Os Meninos da Estrela de Ouro na Testa”, a dramatização “A Bela Felicidade” e um concerto pela igualdade interpretado pela Orquestra Juvenil Mais Música.

No dia 18, a Biblioteca Municipal recebe, a partir das 14h30, a exposição documental “Vida e obra de Ana de Castro Osório”, a conferência “Ana de Castro Osório: entre a militância republicana e feminista, a escrita e a edição” de Fátima Ribeiro de Medeiros, a leitura do conto “Tio Barreiros” por Raquel Osório de Castro, a apresentação da reedição da obra “Às Mulheres Portuguesas” e o documentário “Descobrir Ana de Castro Osório”.

Pelas 21h00, já na Casa de Ana de Castro Osório, seguem-se contos encenados e um momento musical protagonizado por Peixe-Bo.

Nascida em 1872, Ana de Castro Osório tem uma vasta obra literária, que conta com mais de cinquenta títulos, incluindo ensaios, romances e contos, das quais algumas obras de destaque como “Em Tempo de Guerra”, “A Verdadeira Mãe”, “Viagens Aventurosas de Felício e Felizarda”, “A Grande Aliança”, “Mundo Novo”, “A Capela das Rosas”, “O Príncipe das Maçãs de Oiro” e “Histórias Maravilhosas da Tradição Popular Portuguesa”.

Além dessas obras e de ter sido considerada criadora da literatura infantil portuguesa, é-lhe reconhecida uma extensa e intensiva recolha dos contos da tradição oral do país e a tradução e publicação de vários contos dos irmãos Grimm e de muitos outros autores estrangeiros de literatura para crianças. Morreu em 1935, em Lisboa, aos 62 anos.