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Mais de 48 mil casas na região de Viseu Dão Lafões não têm acesso às redes públicas de água e saneamento. Os dados são do relatório “Água e saneamento em Portugal – o mercado e os preços” da Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA), que aponta para falta de cobertura nomeadamente nas regiões Norte e Centro.
Segundo os dados, citados pelo Jornal de Notícias, Viseu Dão Lafões é a quinta comunidade intermunicipal do país com mais habitações sem ligação à rede de água com 14.843 alojamentos. Já no saneamento, não têm acesso 33.917 casas da região. Somados os números, dá um total de 48.760 alojamentos sem ligação à rede pública.
O Douro, que junta grande parte dos concelhos do norte do distrito de Viseu, tem 4.704 casas que não têm cobertura de água e 25.068 habitações sem saneamento.
A Região de Coimbra, que do distrito de Viseu inclui o concelho de Mortágua, tem 2.951 alojamentos com falta de acesso à água pública e é a segunda região com mais falta de saneamento (75.780 casas).
A situação é mais grave no Tâmega e Sousa, que junta os municípios de Cinfães e Resende, onde há 32.484 casas sem água. A região é também a zona do país com maior falta de acesso ao saneamento, com 103.649 habitações.
Segundo a APDA, que analisou dados de 2020, havia cerca de 244 mil alojamentos em Portugal continental com serviço não disponível de água pública e 617 mil com serviço não efetivo, ou seja, que não aderiram apesar de terem cobertura.
A situação é mais grave no Norte, onde há quase 126 mil alojamentos sem cobertura e 246 mil que não aderiram. Segue-se o Centro, com 48 mil sem cobertura e 221 mil sem adesão.
A APDA realça que a taxa de ligação tem vindo a aumentar, passando de 86,5 por cento para 88,5%, mas “ainda existem 11,5% de alojamentos com serviço, que não estão ligados à rede”. O défice de cobertura “quase não se alterou” de 2018 para 2020: passou de 4,5% para 4,4%.
Vouzela entre os municípios com pior cobertura no saneamento
Um dos concelhos que têm pior cobertura é Vouzela que, segundo a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, apresentava em 2021 uma taxa de adesão ao serviço de saneamento de 51% e uma taxa de cobertura de 48%.
Ao JN, a autarquia presidida por Rui Ladeira esclarece que tem investido para melhorar a situação, mas reconhece a “dificuldade na obtenção de fundos comunitários e fundos próprios para a execução deste tipo de obras, que são muito onerosas”.
O “elevado número de aldeias no concelho (cerca de 120 localidades)” e a sua dispersão numa zona de montanha fazem com que a execução e manutenção dos serviços de água e saneamento seja muito difícil, admite a Câmara.
Por outro lado, mesmo quando há rede, a população nem sempre adere. Há resistência por parte de quem já tem fossa e de quem tem de suportar custos adicionais devido à orografia do território (necessidade de bomba para quem está a uma cota inferior à rede), acrescenta a autarquia.