Viseu: Agressões de alunos leva pais a pedir explicações à direção da escola

Cerca de 20 encarregados de educação concentraram-se na manhã desta sexta-feira (13 de outubro) na entrada da Escola Infante D. Henrique, em Viseu, para exigir uma reunião e pedir explicações à direção da instituição. Em causa estão agressões a alunos que têm levado a que várias crianças e jovens se recusem a ir às aulas. O episódio mais recente aconteceu esta quinta-feira, quando um aluno foi agredido numa casa de banho. A PSP foi chamada ao local e acabou por identificar três suspeitos, dois de 14 anos e um de 16 anos.

“Os encarregados de educação têm-nos feito chegar algumas queixas e a Associação de Pais tem sido o elo de ligação com a escola. Esta manhã vários pais foram à escola para ouviram diretamente da direção o que está a ser feito para prevenir estas situações de insegurança”, explicou uma das representes da Associação de Pais.

Há relatos de crianças que têm sido agredidas, coagidas e ameaçadas. Alunos que não querem ir à escola, que pedem aos pais que fiquem com eles ao telefone por se sentirem inseguros. Além das agressões físicas, os alunos contam que são coagidos por miúdos mais velhos na fila do bar ou que lhes pontapeiam as mochilas. As queixas são, sobretudo, dos alunos mais novos.

Segundo a representante, “hoje os pais ouviram o que o agrupamento faz e o que está a pensar fazer e esperamos que as coisas se possam resolver”.

Direção diz estar a trabalhar para prevenir indisciplina
O diretor do Agrupamento Infante D. Henrique, Dinis Saraiva, garante que sempre esteve disponível para ouvir os pais e explicou que durante a reunião foram abordadas as medidas que serão tomadas para prevenir situações de indisciplina.

“Estou sempre aberto a falar com qualquer encarregado de educação, considero que são fundamentais enquanto parceiros para que a escola funcione o melhor possível e haja uma educação de qualidade para as nossas crianças e jovens”, frisou.

Quanto às medidas, Dinis Figueiredo explicou que a escola “vai reforçar a presença de adultos no recreio” e que continuará a implementar “um programa de prevenção de bullying onde é trabalhado o comportamento dos alunos em sala de aula, no recreio e entre pares, que permite desenvolver um conjunto de competências nos alunos para interagirem de forma saudável. Esse programa será implementado pelo Serviço de Psicologia Orientação para o 1º, 5º e 7º anos”.

O responsável destacou ainda que “poderão ser implementados alguns programas estruturados em algumas turmas, sempre que exista essa necessidade seja de algum aluno ou de um conjunto de alunos com comportamentos incorretos”.

Dinis Saraiva sublinhou ainda que “são legitimas as preocupações dos pais e todos em conjunto vamos trabalhar para que estas situações sejam minimizadas”.