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O envelhecimento da pele é um processo natural e fisiológico incontornável. Com o passar dos anos observamos alterações da pele da face e do corpo determinadas geneticamente, designado envelhecimento intrínseco e também decorrentes do ambiente em que vivemos e das nossas escolhas de vida, denominado envelhecimento extrínseco.
Coloca-se a questão se realmente podemos ter alguma interferência no nosso processo de envelhecimento. A resposta é afirmativa havendo uma influência determinante do indivíduo. Generalizou-se que atrasar o envelhecimento é dispendioso, contudo há que desmistificar esse conceito. As medidas preventivas são as que maior repercussão terão no futuro, devendo ser implementadas desde a infância, idealmente veiculadas, tanto no ambiente familiar, como no escolar.
A realização de alguns procedimentos minimamente invasivos, em ambiente Médico especializado, permitirá também devolver à pele um aspeto mais jovem.
O interessante do conceito “anti-aging”, tão debatido na atualidade, é ter impacto na saúde geral do indivíduo e não apenas na da pele. É um termo impreciso, dado que não se está a combater um fenómeno natural e enriquecedor como é o envelhecimento, mas sim a promover-se um envelhecimento consciente e equilibrado, inconciliável com procedimentos estéticos exagerados ou estilos de vida rígidos, nos quais o indivíduo norteia as suas rotinas em função de um ideal de beleza que não existe.
Como Dermatologistas, teremos algum papel na mudança desta tendência social de viver para a imagem corporal, em alguns casos observada desde a adolescência? Acreditamos que sim, em campanhas de saúde e na prática clínica do dia a dia, desmistificando informações falsas e redundantes, tentando apelar para a beleza natural do ser humano e para a importância de valorizar um envelhecimento consciente, estruturado pela ciência e pela inteligência emocional.
As medidas gerais para redução do envelhecimento prematuro passam pela proteção solar desde a infância, procurando sombras e recorrendo a vestuário de proteção e a bons filtros solares. Podemos ter um aspeto bronzeado sem necessitar de passar horas ao sol. Existem auto-bronzeadores e suplementos vitamínicos que conseguem dar uma tonalidade bronzeada à pele, sem riscos. O tabaco e o álcool são catalisadores do envelhecimento prematuro com repercussões enormes na pele, devendo ser evitados. Exercício físico moderado e uma dieta mediterrânica, rica em vegetais e frutas, com as suas conhecidas propriedades anti-oxidantes, eliminando ao máximo açúcares e gorduras, são outras medidas muito impactantes. O “skin-care” tão comentado, envolve uma limpeza diária e o recurso a produtos ajustados ao tipo de pele e idade, sempre sem exageros, idealmente sob orientação médica.
Em conclusão, sentir-se jovem é um estado atingível quando nos identificamos com a nossa pele, a nossa filosofia de vida e com a forma como interagimos com o mundo.
Sónia Coelho, Dermatologista no Hospital CUF Viseu
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