CIM Viseu Dão Lafões reforça aposta na separação de lixo orgânico

A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões assinou novos contratos com as autarquias da região para reforçar a aposta na separação de biorresíduos (lixo orgânico). A assinatura foi feita no âmbito do programa RecolhaBio, cujo financiamento para Viseu Dão Lafões chega aos 350 mil euros.

A iniciativa visa promover a reciclagem dos biorresíduos na sua origem “evitando a deposição em aterros e potenciando assim os benefícios ambientais e económicos desta prática”, explica a CIM em comunicado.

O presidente da comunidade intermunicipal, Fernando Ruas, explica que o programa vai permitir “otimizar a recolha seletiva e transformar o que antes era desperdício num recurso económico, ao mesmo tempo que evitamos os custos decorrentes da necessidade da sua eliminação”.

“A gestão sustentável dos biorresíduos é cada vez mais importante para a transição verde do nosso território. A CIM Viseu Dão Lafões continuará a investir em soluções que coloquem a região na vanguarda da sustentabilidade e da competitividade económica”, enaltece o também autarca de Viseu.

O programa RecolhaBio, financiado pelo Fundo Ambiental, quer aumentar a quantidade e a qualidade da recolha e reciclagem de biorresíduos, nomeadamente resíduos alimentares e resíduos biodegradáveis provenientes de jardins e parques.

A CIM Viseu Dão Lafões enaltece que o programa de tratamento do lixo orgânico quer apoiar iniciativas que “aumentem a capacidade dos municípios para desviar e recolher de forma seletiva os resíduos urbanos, com foco nos biorresíduos”.

O RecolhaBio prevê ainda a aquisição de equipamentos e infraestruturas para a recolha seletiva, projetos de compostagem comunitária e a sensibilização da população para a temática.

O lixo orgânico é tratado através de métodos como a compostagem, descrita como um processo amigo do ambiente e natural de decomposição de matéria orgânica (folhas verdes, restos e cascas de frutas, hortaliças, caruma, restos de frutos secos e cascas de batata, entre outros) por ação de microrganismos na presença de oxigénio.

Trata-se de uma técnica simples e eficaz de valorização de resíduos biodegradáveis (biorresíduos) cujo resultado é um material rico em nutrientes (composto) que pode ser utilizado como fertilizante orgânico.