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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques
Lembro-me de uma reunião em 2010, numa cidadezinha a cheirar a antigo e que se chamava Alexandria. Estava á beira da poderosa Washington. Nós éramos de vários países e falava-se do futuro da Liderança, da necessidade de a repensar e acrescentar novos desafios. Entre as primeiras ideias, a surpresa veio da Grécia. Dizia que tínhamos que aprender com o passado e regressar á ideia da Alquimia, uma Alquimia Moderna. Na antiguidade, essa alquimia era a ciência de transformar as coisas de pouco valor noutras de muito valor, o cobre em ouro. Este seria o desígnio da Liderança Moderna!
Quem era o cobre, as coisas de pouco valor ou a quem damos pouco valor? Havia um dado seguro e facilmente observável. Um dos maiores problemas futuros estaria na demografia! Nesse mundo de pessoas, quais eram aquelas que estavam a ser desvalorizadas? Chegámos á resposta: São os Marginais, Velhos, Mulheres e Subdesenvolvidos! São esses que precisam ser transformados no ouro das organizações e dos países. Porquê esses e não outros?
Porquê os Marginais? Aquilo que se definiu como Marginais tinha a ver com os que vêm as coisas de maneira diferente. Que questionam quase tudo e fazem diferente. Que pensam e dizem sem reserva o que pensam. Aqueles a quem os chefes ou professores chamam de indisciplinados e sem espírito de equipa. Esses são o ouro da diversidade e da inovação!
Porquê os Velhos? Porque se começa a ser velho cedo demais. Muitos levam conhecimento, processos de trabalho, a origem das coisas e não chegam a transmiti-las. Esquecemos que a velhice pode estar na mente e muitos continuam com ela brilhante. Com isso sobrecarregámos e saturámos os Sistemas de Reforma e Saúde e perdemos a História.
Porquê as Mulheres? Pela discriminação e subvalorização que sofreram na vida social, mercado de trabalho, acesso a lugares de topo, diferença salarial, assédio moral e sexual, sobrecarga das tarefas domésticas e familiares. Porque as quisemos comparar aos homens, quando elas são diferentes e mais capazes em muitas coisas.
Porquê os Subdesenvolvidos? Porque o Mundo se tornaria cada vez mais desigual e as correntes migratórias iriam aumentar e tornar-se um sério problema. Era a imigração dos mais pobres para os países mais ricos e era a emigração dos mais qualificados que empobreceriam os países em desenvolvimento. Eram os riscos de segurança, saúde e do mercado de trabalho.
Nada disto era ficção, nalguns países já tinha começado e iria agravar-se, noutros os sinais já eram mais do que evidentes. A questão que se colocava agora, era como fazer destas pessoas o ouro e o talento de que o Mundo precisava? Era um propósito desafiante e apaixonante para a Liderança!
Foram colocados sobre a mesa vários estudos que confirmavam e levantavam novos problemas. A demografia, transferência do conhecimento, mobilidade entre países, migrações e competências do futuro. Foi aqui que encontrámos uma estranha coincidência. As melhores empresas no Mundo, aquelas que mais cuidavam do seu Capital Humano eram as tecnológicas! Bill Gates chegou a dizer que se lhe tirassem os seus vinte melhores trabalhadores a sua empresa seria insignificante. Era visível que alguma coisa iria acontecer nessas tecnológicas carregadas de talento. A sua visão era diferente! Elas investiam muito mais nas pessoas, enquanto as outras parecia investirem mais nas tecnologias e ficarem cada vez mais dependentes delas. Uma vez mais Bill Gates, a estrela da época, assumia que a função mais importante na Microsoft era a contratação de novos colaboradores e onde ele fazia questão de investir o seu tempo. Não tardou o desespero na procura de talento e a sua fuga para os países ou organizações onde eram inteligentemente liderados.
Acreditava-se que o Homem saberia sair destas situações críticas e de descontinuidade! Podia acontecer uma economia da inovação? Um sabor a Renascença onde o Homem voltasse a ser o centro e a dar muito mais? Uma nova cultura aplicada ás novas realidades? Novos ramos da medicina de longevidade que fizessem a fusão entre biotecnologia, tecnologias de informação, nanotecnologia e as ciências cognitivas? Uma convergência de vários interesses? A medicina trabalharia no aumento da qualidade e esperança de vida, mas também em intervenções que tornariam as pessoas mais produtivas e durante mais tempo? Poderiam expandir-se capacidades como a memória, audição, visão, cognição multimédia e inteligência?
A mulher mereceu aqui uma revisitação histórica dos séculos XIV a XVII. A nova luta já não seria pela igualdade, a diferença seria melhor sucedida! Os cérebros masculino e feminino são diferentes desde a gestação. Entre algumas diferenças, que pressupõe comportamentos diferentes vamos encontrar: a junção temporal-parietal, que é mais ativa nos homens e predispõe para a procura de soluções; o córtex cingulado anterior, mais ativo na mulher, avalia as opções e toma decisões; O núcleo dorsal da rafe, mais ativo nos homens, predispõe para a competitividade, medo e agressividade; a ínsula, mais ativa na mulher é o centro de processamento visual; a amígdala, mais ativa no homem, funciona como sistema de alarme para ameaças; o sistema de neurónios-espelho, mais ativo na mulher, conduz a maior empatia e capacidade de ler a linguagem não verbal do outro.
Estas e outras diferenças tenderão a ser otimizadas de acordo com as circunstâncias, porque os tempos de decisão são cada vez mais curtos. Tudo isto e as novas descobertas da ciência, poderão potenciar o aproveitamento das capacidades e do desempenho humano!
Percebe-se quem terá a Liderança, porque esses têm investido mais do que ninguém no talento humano! Serão a ciência e as tecnologias. A política será uma grande incógnita, porque também ela precisa de um processo alquímico e de reconfigurar os seus propósitos! Precisa reforçar a riqueza de uma cultura da diversidade (Marginais); precisa revitalizar os (Velhos), para que continuem ativos; precisa descobrir as especificidades do talento das (Mulheres) para além das cotas; precisa de sábias políticas de imigração (Subdesenvolvidos) e emigração, onde a demografia é demasiado importante e previsível. Então a Liderança seria o Transformador e um verdadeiro Alquimista!
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Magda Matos
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Pedro Escada